Ações foram apresentadas em 2023 pela Coordenadoria Municipal da Diversidade
Uma casa de passagem e um ambulatório especializado para o público LGBT foram ações apresentadas neste ano pela Coordenadoria Municipal da Diversidade no Plano Municipal de Políticas Públicas. Em entrevista ao Portal Arauto, o titular da pasta, Ruben Quintana, falou sobre o andamento dos projetos e a possibilidade da implementação em 2024.
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De acordo com Quintana, o ambulatório de atendimento especializado é um projeto com recursos da Secretaria da Saúde vinculado ao Governo do Estado, assim, o propósito será atender a região. Ele afirma que estão sendo realizados levantamentos e debates de gastos e impactos financeiros, mas, para 2024, o plano é criar um centro de referência em parceria com a Unisc onde serão disponibilizados estes serviços.
“Hoje a nossa referência é Santa Maria para a população. Então, a gente tem que deslocar os pacientes até lá e casos mais complexos como cirurgias, vão para a Santa Casa de Porto Alegre. Por isso, a nossa ideia para 2024 é a possibilidade de nós termos a casa de referência junto com o ambulatório trans”, contou.
Referente à casa de passagem para a população LGBT, o coordenador destacou que não há um número suficiente de pessoas em Santa Cruz e região para suprir a demanda, por isso, no projeto da nova casa de acolhimento geral que está sendo construída no município, há o estudo de ter um espaço específico para esta comunidade.
“Nós ainda não temos demanda regional e nem em Santa Cruz para uma casa de passagem específica. Então, o que se busca é, junto com o serviço que nós já temos, fazer adaptações”, disse.
Outro projeto que está sendo trabalhado é um espaço dentro do Albergue Municipal de Santa Cruz que possa acolher a população LGBT. Segundo Ruben, é necessário que a Administração Pública trabalhe e tenha um olhar especial para todas as pessoas que estão em situação de vulnerabilidade social.
“Nós temos população LGBT de rua também, em situação de vulnerabilidade. Então, a gente tem que começar a trabalhar nisso. É justamente para isso que vem a coordenadoria, né? Para fazer esses compilamentos ali com os demais serviços do município”, salientou.
Quintana mencionou que a implantação desses projetos vai ser fundamental para auxiliar a comunidade LGBT e promover o debate da causa na sociedade.
“É uma população totalmente carente. A gente veio nos últimos quatro anos de um desgaste, de uma certa percepção muito grande, uma marginalização. […] Esses serviços eles precisam ter. Isso aqui não é uma prioridade ou um privilégio da população. Isso aqui é simplesmente aplicar o que nós temos de direito. A população LGBT faz parte da sociedade, ela é a sociedade, é pagadora de imposto, tem o mesmo direito que qualquer outro cidadão e nunca na história foi tido um recurso destinado especificamente para esse cuidado”, concluiu.
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