Eduardo Elias Wachholtz
Portal Arauto
Ele atribui a violência, que ocorreu na madrugada de domingo, a discriminação sexual/homofobia
Um jovem que prefere não ser identificado desabafou sobre a agressão que sofreu, na madrugada desse domingo (29), em Santa Cruz do Sul. Ele atribui o ataque à discriminação sexual e à homofobia. A vítima concordou em compartilhar sua história com a reportagem do Portal Arauto e destacou a importância de conscientizar a sociedade sobre os desafios enfrentados por indivíduos LGBTQIAPN+.
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O ataque ocorreu quando o jovem saiu para ir ao banheiro. "Eu estava em um terreno baldio próximo e estava alcoolizado, mas isso não justifica a agressão. Do nada, eu só senti os socos, no meu rosto, na cabeça e nas costas. Acredito que eram duas pessoas", relatou. A vítima destaca que o ataque causou danos físicos e emocionais. "No ato, estragou meu aparelho auditivo", lamentou. O fato foi por volta das 4h30min.
Logo após a agressão, o jovem encontrou apoio em amigos e em seu namorado, que o acompanharam. "Chamamos a polícia e, depois, fomos para o hospital. Tomei medicação e me acalmei", explicou. O jovem descreveu sua reação ao ataque. "No momento, eu fiquei paralisado. Eu não consegui ter reação. Só não foi pior porque eu consegui escapar. Era só um vulto. Fui atacado pelas costas", disse.
Ele enfatiza sua força psicológica para lidar com situações difíceis. "Eu sempre tive o psicológico muito forte para este tipo de situação. Sou negro, surdo e gay. Eu tenho que ser forte. Tenho que seguir. Tenho que fingir não ver certas coisas, olhares e piadinhas. Não sinto esse medo, eu sinto pena. Pena de não poder ter me defendido e ter colocado a pessoa no lugar dela, de igualdade. Esses que batem se acham seres superiores", desabafou.
O jovem ressalta a importância de denunciar casos de discriminação e agressões. “É inadmissível que, mesmo eu sendo um cidadão, empresário, pagando meus impostos em dia, não tenho o direito de me divertir e ser quem sou”, finalizou.
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