Delegada Raquel Schneider falou sobre o trabalho durante entrevista à reportagem
Responsável pela Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam), a delegada Raquel Schneider detalhou, durante entrevista à reportagem do Portal Arauto, a investigação que levou a prisão de um suspeito de estar envolvido no assassinato de Lisiane Vieira Bicca, de 41 anos. A ação da Polícia Civil foi na manhã desta segunda-feira (11), no Bairro Bom Jesus, na Rua Adolfo Pritsch, pouco mais de dois meses depois do crime.
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No dia 26 de junho, a vítima foi morta a tiros em sua residência, na presença de seus três filhos menores. Segundo relatos de familiares, no final da tarde, a vítima chegou em casa, no Bairro São João, após buscar a filha na creche e foi tomar banho. Os filhos mais velhos também estavam na residência. O cachorro da família teria tentado impedir a entrada dos criminosos e acabou sendo baleado. O barulho do tiro fez com que Lisiane saísse do chuveiro às pressas.
Ao chegar no cômodo principal da casa, uma área que servia como cozinha e sala, Lisiane teria se deparado com um dos homens rendendo seu filho de 12 anos, segurando uma pistola. Os criminosos passaram a questionar sobre o paradeiro do ex-companheiro dela e dispararam vários tiros. A mulher, que estava grávida de quatro meses, morreu no local. Nenhuma das crianças ficou ferida.
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De acordo com Raquel Schneider, a investigação começou com poucos elementos e a falta de evidências sólidas. No entanto, as autoridades policiais passaram a buscar por imagens de câmeras de segurança e testemunhas que pudessem auxiliar na identificação dos envolvidos e do veículo utilizado no crime. “A partir do momento em que chegou essa ocorrência, nessa situação, nós passamos a investigar e tentar buscar uma linha de investigação”, disse.
Com base nas informações coletadas, as câmeras de monitoramento nas ruas da cidade e o cercamento eletrônico desempenharam um papel crucial. Elas permitiram que a polícia identificasse a presença do veículo nas imediações do local do crime. A partir daí, as investigações se voltaram para a identificação do suspeito, cujas características coincidiram com as informações obtidas através de testemunhas.
As autoridades policiais enfrentaram um desafio adicional – o veículo visto nas imagens de monitoramento não estava registrado em nome do suspeito. Foi necessário realizar rondas e observações detalhadas pelas ruas da cidade, acompanhando a movimentação do veículo. Essa diligência permitiu às autoridades avançar nas investigações e levaram à prisão do indivíduo suspeito de envolvimento no assassinato.
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Raquel Schneider explicou que a prisão temporária dá mais tempo para a polícia. “Leigamente falando, a doutrina cita como uma prisão para investigar. Nós temos um prazo para buscar mais subsídios da investigação, que podem confirmar que foi ele o autor desse homicídio. Ele vai ser interrogado na sequência e nós teremos as palavras dele a respeito dos fatos”, destacou a delegada.
*Colaborou o repórter Nícolas da Silva
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