Fato teria acontecido em novembro do ano passado após uma festa, mas ficou em evidência depois de uma publicação do DCE
O advogado que representa o jovem que está sendo acusado de estupro se manifestou após publicações ganharem força nas redes sociais. O fato teria acontecido em novembro do ano passado após uma festa em uma casa noturna de Santa Cruz do Sul, mas ficou em evidência, nesta semana, depois que uma publicação do Diretório Central dos Estudantes da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) cobrou um posicionamento da instituição.
LEIA TAMBÉM: Diretório Central dos Estudantes da Unisc cobra posicionamento da universidade após suposto caso de estupro
Ao lado de Eduardo Vetoretti e Rodrigo Grecellé Vares, Ezequiel Vetoretti defende o aluno e encaminhou uma nota tratando do tema. A suposta vítima está matriculada no mesmo curso do acusado. “A investigação, que já está bem adiantada, tramita em segredo de justiça por força de lei. Infelizmente, por essa situação, não podemos divulgar nenhum dos elementos que já foram apurados no inquérito e que nos dão a certeza de que o investigado é inocente”, escreveu o advogado.
Para Ezequiel Vetoretti, o movimento que vem acontecendo, especialmente nas plataformas digitais, fere princípios constitucionais. “Repudiamos, assim como o investigado repudia, todo e qualquer ato de violência. Repudiamos também o prejulgamento que está ocorrendo nas redes sociais, eis que qualquer conclusão no sentido da culpa do estudante é injusto, prematuro e desprovido de elementos idôneos. Confiamos nas autoridades policial e judicial, com a certeza de que, ao final, os fatos serão devidamente esclarecidos e a verdade prevalecerá”, destacou.
Posicionamento do DCE
A presidente do DCE, Rafaela Schild, conversou com a reportagem e explicou que a postagem foi feita depois que uma estudante procurou a entidade afirmando que sentia desemparada e pedindo o suporte. A representante dos alunos teve um encontro com o reitor Rafael Frederico Henn e disse que a comunidade acadêmica aguardava um posicionamento.
“Eles me apresentaram as formas que estavam lidando com o caso. Eles adotaram uma conduta de pedir orientações. Acredito que, depois do nosso post, eles perceberam que os alunos estão preocupados e se sentindo em risco, principalmente as mulheres. Tem mulheres dizendo que não se sentem bem enquanto o abusador estiver presente. Se a gente não fala, se torna um monstro de sete cabeças. Orientei e dei minhas sugestões. Falei o que os estudantes estão precisando, que é essa comprovação de segurança”, fala.
O que diz a Unisc
Procurada, nessa quarta-feira (1º), a reitoria divulgou uma nota. “Considerando postagens do Diretório Central dos Estudantes – DCE, e resguardadas as suas atribuições, a Unisc esclarece que tem ciência do fato envolvendo dois estudantes, ocorrido fora das suas dependências. O processo tramita em segredo de justiça, por isso aguarda as investigações e decisões dos órgãos competentes e ressalta que está prestando a escuta e o suporte cabível”, diz o texto.
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