Caso ocorreu no ano passado, durante jogo entre Guarani de Venâncio e São Paulo de Rio Grande
Será julgado nesta sexta-feira (25), o ex-jogador William Ribeiro, que agrediu o árbitro Rodrigo Crivelado durante uma partida de futebol em 4 de outubro de 2021. O jogo entre Guarani de Venâncio Aires e São Paulo de Rio Grande, válido pela Divisão de Acesso do Campeonato Gaúcho, era realizado no Estádio Edmundo Feix, na Capital do Chimarrão.
Aos 15 minutos do segundo tempo, após receber um cartão amarelo por reclamação, Ribeiro partiu para cima do árbitro, desferindo um soco. Crivelado, então, caiu no gramado e foi atingido por um chute na região da nuca. Jogadores de ambos os times impediram que a agressão continuasse.
Saiba mais: Após agressão a arbitragem, jogo é encerrado em Venâncio Aires
Na época, o juiz foi conduzido ao Hospital São Sebastião Mártir (HSSM), de Venâncio Aires, desacordado. Já o jogador William Ribeiro foi conduzido pela Brigada Militar à Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA) do município, onde a ocorrência foi registrada.
Em 24 de novembro, o Ministério Público em Venâncio Aires denunciou o jogador por tentativa de homicídio qualificado por motivo fútil. A denúncia foi protocolada pelo promotor de Justiça Pedro Rui da Fontoura Porto.
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Em entrevista ao Grupo Arauto de Comunicação, o promotor Pedro Rui da Fontoura Porto, se disse confiante em relação à condenação de William Ribeiro. “Eu estou bastante convicto da condenação, porque o júri aqui de Venâncio é um júri muito qualificado, que analisa e chega a consensos importantes. Esse, com certeza, é um caso que merece condenação”, enfatiza.
Conforme o promotor, o Ministério Público acusa o ex-jogador de homicídio qualificado uma vez que ele assumiu o risco de matar. Além disso, Porto destaca que há o agravante de motivo fútil, que também deve ser negado pela defesa de Ribeiro.
“A motivação fútil é aquela é quando há flagrantemente de ação desproporcional, é aquela desproporcionalidade que salta aos olhos. E no meu ponto de vista, chutar uma pessoa já caída no chão, o que não é permitido nem nos esportes de luta, por conta de um cartão amarelo, é flagrantemente desproporcional. Algo totalmente descabido e sem a mínima justificativa”, afirma.
O promotor explica que se a qualificadora for considerada e confirmada, a pena pode oscilar entre seis e oito anos portanto de prisão. “Mas se a pena não passar de oito anos, o regime vai ser semiaberto, o que facilita pra ele, por exemplo, uma prisão com uso de tornozeleira ou coisa assim”, avalia.
Para Porto, a condenação se faz ainda mais necessária diante do fato do jogador ter um histórico de violência. No entanto, o promotor destaca que, até o momento, Ribeiro é tecnicamente primário, porque ainda não foi condenado em nenhum processo pela Justiça.
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