Prática é ilegal e foi descoberta pela Polícia Civil, que já identificou suspeita
A morte da jovem Melani Daniele de Aguiar Mayer, de 20 anos, levou a Polícia Civil de Santa Cruz a descobrir um mercado clandestino de aplicação de um silicone industrial. A informação foi confirmada pela delegada titular da 1ª Delegacia de Polícia Civil de Santa Cruz, Ana Luísa Aita Pippi, à reportagem do Portal Arauto.
A descoberta aconteceu dias depois da hospitalização da jovem que ocorreu no fim de agosto após ela ter passado mal durante a aplicação de silicone industrial no corpo, o que é proibido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) por conta dos riscos. Melani, que veio de Santa Maria fazer a aplicação, não resistiu e veio a falecer. Ela chegou a ser internada logo após passar pelo procedimento, no dia 27 de agosto, mas morreu dias depois, em 31 de agosto.
Segundo a delegada, a Polícia Civil de Santa Cruz chegou à uma mulher suspeita da prática. Ela foi localizada em Caxias do Sul, após o celular da vítima ser entregue pela família à polícia, e confessou que veio até Santa Cruz para fazer o procedimento em Melani. A investigada não tinha qualquer formação técnica e realizava há cerca de quatro anos esse tipo de procedimento. Ela irá responder por homicídio doloso.
Conforme a delegada Ana Luísa, o contato da vítima com a responsável pela aplicação do silicone ocorreu no início de setembro, mas o agendamento foi realizado para o fim do mês, pois a mulher investigada precisava aguardar o recebimento do material comprado pela internet. "Esse é o atrativo do silicone industrial, devido ao valor econômico, muito inferior a uma cirurgia plástica apropriada", destaca.
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