Cerca de 30 policiais auxiliam na segurança na tarde desta sexta-feira
Mais policiais na rua. Uma quadra do Centro de Vera Cruz bloqueada para o trânsito de veículos. E um esquema de segurança para resguardar a integridade tanto da comunidade quanto dos envolvidos na Operação Cúpula, a maior da história da Polícia Civil do Município. Isso porque, nesta sexta-feira (1º) ocorre a primeira audiência com testemunhas de defesa e acusação, junto ao Fórum de Vera Cruz. Os réus apenas irão assistir a audiência, sendo que são sete réus presos e três que estão em monitoramento. Desde o meio-dia, a Avenida Nestor Frederico Henn está interditada entre as ruas Carlos Werner e Martin Francisco.
Parte dos reus não participa da audiência. Alguns foram dispensados e dois assistem por vídeo conferência: um está preso em Charqueadas e o outro em Osório. Considerado o líder da facção "Os Manos", Chapolin está preso no Rio Grande do Norte e foi dispensado da participação de hoje. De acordo com a juíza Fernanda Rezende Spenner, ele fará parte de um processo separado.
De acordo com o tenente Carlos Moisés Savian, estão envolvidos para manter a segurança do local cerca de 30 policiais da Brigada Militar, Polícia Civil, Susepe, além de policiais do efetivo do Pelotão de Operações Especiais (POE), da Inteligência do 23º Batalhão de Polícia Militar e do efetivo orgânico da BM de Vera Cruz.
O INQUÉRITO DA OPERAÇÃO
Com cerca de mil páginas, dezenas de diligências, 43 horas de interceptações telefônicas, o inquérito da Operação Cúpula foi concluído e entregue ao Poder Judiciário no dia 14 de fevereiro deste ano. Os 20 indiciados, de acordo com o delegado Paulo César Schirrmann, titular da Delegacia de Polícia de Vera Cruz, estão respondendo por organização criminosa, tráfico de drogas e associação ao tráfico. Na época da conclusão do inquérito, os envolvidos foram interrogados, mas preferiram o silêncio.
DETALHES QUE A POLÍCIA DESCOBRIU
Alguns fatos chamaram a atenção da polícia durante a investigação. Por exemplo, os traficantes deram códigos para os entorpecentes. "Dura" era crack, "verde" era maconha e "peixe" era cocaína. E um celular, modelo Gtstar, apreendido com um dos gerentes da organização criminosa em uma cela da Penitenciária Estadual do Jacuí (PEJ), foi crucial para a polícia ter provas de como funcionava o esquema. Com as interceptações telefônicas desse aparelho, que tem o tamanho da tampa de uma caneta BIC, mas com um emaranhado de provas, foi possível chegar ao nome das lideranças, além de descobrir possíveis tentativas de homicídios. Aliás, toda a investigação foi originada em Vera Cruz, após tentativa de homicídio a Everton Almeida da Cruz, morador de Vera Cruz.
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