Vice-presidente cumpriu agenda nesta terça-feira no município
Mudar. Esse foi um verbo que o vice-presidente da República, Hamilton Mourão, usou para nortear a palestra realizada em Santa Cruz do Sul, nesta terça-feira (5). Para ele, todos querem mudança, mas nem todos estão dispostos a mudar, a encarar novos desafios, a sair da zona de conforto.
O político, durante 45 minutos de fala a empresários e lideranças, tratou dos mais variados assuntos. Deu aula de história e traçou um panorama do cenário político e econômico do Brasil e de outros países do mundo, a exemplo da China. Contou também sobre as formas de governo de Donald Trump, nos Estados Unidos, e de outros governos do continente americano.
O Grupo Arauto acompanhou a visita do militar da reserva à Terra da Oktoberfest e destaca, em resumo, cinco pontos da palestra. Confira:
Governo Dilma e anteriores
Mourão não deixou de lembrar os últimos governos do Brasil. Na palestra, disse acreditar que a crise econômica tenha iniciado com a constituição de 1988, que previu série de despesas, mas não a receita. O governo Dilma Rousseff tinha, segundo o vice-presidente, a ideia de que “gasto é vida”, o que fez surgir uma nova matriz econômica baseada no endividamento e valorização do câmbio. “Desde 2014, o país está no vermelho. Esse ano a previsão de vermelho é R$ 139 bilhões”, detalhou. Mourão apresentou gráficos da dívida. Em 2012 e 2013 a receita foi maior que a despesa. De 2014 para cá, não. Em 2017, o gasto foi o maior da última década.
Para sair do vermelho
Aprovação da Reforma da Previdência, desvinculação do orçamento, redução do número de Ministérios, corte de gastos com cargos comissionados, Reforma Tributária, entre outras mudanças são vistas por Mourão como alternativa para retomar o crescimento econômico. O vice-presidente pontuou ainda que as privatizações e as concessões, assim como o estímulo ao empreendedorismo, tendem a melhor a situação financeira.
Economia
Sobre o cenário atual, Mourão destacou que ele está restrito a vícios do mercado, mas irá atingir todas as pessoas. Na opinião dele, profissões irão desaparecer e a indústria irá contratar cada vez menos funcionários, pois irá se automatizar. Os trabalhadores devem se tornar, cada vez mais, prestadores de serviços.
Sistema de transição
Essa questão se reflete no endividamento global, em um mundo em que a crise política econômica e psicossocial se instaurou. Para ele, há um duplo desafio nessa mudança, o de resgatar a gestão econômica que levou o país à recessão e ao grande número de desempregados, reflexo da dificuldade de transformar recurso em poder, e da exclusão social. “Nós temos que nos adaptar a essa nova realidade global. Também precisamos retirar o peso da ineficiência das costas de quem trabalha, investe e produz”, sublinhou.
Pobreza do País e Tráfico de Drogas
Mourão também abordou a pobreza do Brasil, destacando as famílias que vivem à margem de grandes centros, denotando a disparidade social. Ele também frisou o crescente tráfico de drogas, principalmente o da cocaína, e disse que é preciso frear a venda do entorpecente.
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