Em Linha Tapera, no interior de Vera Cruz, pássaro escolheu uma lavoura de tabaco para se aninhar
Há cerca de duas semanas, um joão-de-barro terminou seu ninho em meio à lavoura de tabaco, na propriedade de Douglas Josué Carvalho, em Linha Tapera, no interior de Vera Cruz. O que chama a atenção é que o pássaro fez sua casa no chão, fato incomum. Carvalho acredita que deve ser apenas um joão-de-barro. “Ele levou uma semana fazendo o ninho e pesquisei na internet, quando o casal constrói junto, leva cerca de quatro dias”, justifica.
O curioso é a moradia estar no chão e não em árvores e postes, locais onde a espécie costuma fazer. “Parece um sinal da natureza”, reflete o agricultor, que complementa. “Os mais antigos falam que pode vir algum vento forte ou granizo, alguma mudança climática”.
Douglas não descarta a tese, já que sua lavoura está em uma ladeira e foi mais abaixo que o joão-de-barro fez o ninho. “Parece que já fez pensando em se proteger. Além disso, a entrada está virada na direção contrária à chuva e ao vento”, observa.
Para o professor da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) e biólogo, Andreas Kohler, este fenômeno não é raríssimo, mas não muito comum. É o que afirma também o técnico agrícola e biólogo André Maieski. “Dizem que quando fazem casa no chão é sinal de temporais na estação. Fazem para se proteger”, diz ele, que lembra da possibilidade de outros animais destruirem a casa ou até mesmo se alimentar em dos pássaros. “Pela natureza, seria sempre fazer sua casa em postes ou em locais bem altos”, finaliza o técnico, ao destacar que são poucos os trabalhos em relação a este fato.
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