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Comer por dois e não tomar chimarrão. Conheça mitos e verdades sobre a gestação

Publicado em: 14 de novembro de 2019 às 18:34 Atualizado em: 21 de fevereiro de 2024 às 17:22
  • Por
    Taliana Hickmann
  • Fonte
    Jornal Arauto
  • Foto: Jornal Arauto / Taliana Hickmann
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    Médico obstetra esclarece quais conselhos recebidos pelas grávidas, às vezes, não fazem sentido

    Quando uma mulher engravida, ela começa a repensar sua rotina e seus hábitos. O que antes era feito pensando somente em si, agora é realizado também em prol da saúde e do desenvolvimento de seu bebê. Conforme a barriga cresce, aumentam também as recomendações de parentes, vizinhos e amigos sobre como ela deve agir: “não pinte o cabelo”, “agora você precisa comer por dois”, “esqueça o chimarrão”, entre tantas outras. Estes “pitacos” enchem a gestante de dúvidas. O ginecologista e obstetra Telmo Padilha Garcia explica que é natural que ela tenha dúvidas, especialmente se for mãe de primeira viagem. Mas, sobretudo, aponta a importância do diálogo com o médico durante o pré-natal, bem como após o nascimento do neném.

    Segundo o médico, a comunicação entre a paciente e o profissional precisa ser muito boa. “O médico vai fazer as recomendações necessárias e avaliar o que ela pode ou não fazer durante a gestação”, afirma. Telmo explica que existe um período mais crítico em que os cuidados são muito importantes, que ocorre nas semanas iniciais da gravidez, do início até 12 a 14 semanas. Depois deste período, ele afirma que dá pra relaxar um pouco, mas sempre agindo mediante orientação médica. 

    Confira abaixo, algumas dicas do que as mulheres podem ou não fazer durante a gestação segundo o Dr. Telmo.  

    Gestantes devem comer por dois?
    Essa ideia não é correta. A mãe tem é que comer certo, a partir de cinco elementos: proteína animal, ovo, frutas, verduras e leite. Para obter a proteína de origem animal ela pode consumir tanto carne vermelha como branca, desde que magra. Um ovo por dia também é recomendável, além do leite sem gordura, contanto que a mãe não tenha intolerância à lactose. Cuidando da sua alimentação, a gestante oferece ao bebê tudo o que ele precisa para se desenvolver bem. 

    É preciso comer menos doces?
    Sim. A mãe precisa cuidar os exageros. Por exemplo, na Páscoa, ela pode comer chocolate, mas não demais. Quanto menos açúcar, melhor. Comendo açúcar de forma moderada, a gestante pode evitar a diabete gestacional, problema que aumenta o risco de desenvolver hipertensão, de parto prematuro ou de o bebê nascer muito grande.

    Grávidas devem deixar de ter relações sexuais?
    Não necessariamente. Em uma gravidez em que está tudo bem, não há descolamento de placenta e não há sangramento, o casal pode manter relações. Mas eles devem fazer sexo com bastante cuidado. A partir de uma ameaça de desestabilizar a gravidez ou de um aborto, é necessário pedir que o casal espere. Sobretudo, em uma gravidez normal, os futuros pais podem ter relações sexuais até por questões emocionais, porque a mulher quer continuar se sentindo desejada. 

    Elas devem parar de tomar café e chimarrão?
    Sim. Nem refrigerante pode, pois contém muita química e gases, além de estufar a barriga. Em relação aos sucos, mesmo os naturais e especialmente os de uva e de laranja, também não são recomendados. Isso porque há indicativos de que seu consumo pode provocar alterações no coração do bebê. E quanto ao chá? De sete ervas, aquele para emagrecer, ou chá preto não pode. Mas pode-se tomar água sem gás, de preferência água da torneira e filtrada e chás de funcho, poejo, capim cidró e maçanilha.

    Leia mais recomendações para as futuras mamães, na matéria completa, no Jornal Arauto desta sexta-feira e sábado.