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Produtor está de olho na previsão

Publicado em: 16 de janeiro de 2018 às 05:14 Atualizado em: 19 de fevereiro de 2024 às 17:48
  • Por
    Guilherme Bica
  • Fonte
    Jornal Arauto
  • Foto: Jornal Arauto
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    Preocupação agora é com a estiagem, já que nas últimas semanas houve pouco volume de chuva

    Os produtores de soja de Vera Cruz estão com suas lavouras semeadas. A preocupação agora é com a estiagem, já que nas últimas semanas houve pouco volume de chuva. Conforme o engenheiro agrônomo da Emater local, Alberto Evangelho Pinheiro, ainda não há uma estimativa de perdas de produção devido à seca, visto que o grão da soja, quando mal nascido foi ressemeado, estando ainda em início de ciclo. Já o milho ainda está sendo semeado, podendo ser até o final deste mês, na resteva do fumo.

    Alberto ressalta que a regularidade das chuvas nas próximas semanas é que vai definir se haverá quebra de safra em razão da estiagem. “Ressaltamos que a má distribuição das chuvas que ocorreram nas últimas duas semanas, aliado ao fato de o clima proporcionar uma potencial evapotranspiração que excede o volume de água que o solo tem acumulado com as chuvas, estabelece um ambiente de preocupação com relação à perda de produção pela estiagem”. 

    Para o engenheiro agrônomo da Emater, a chuva deste final de semana e desta segunda-feira, embora mal distribuída, característica de chuva de verão, vai possibilitar que grande parte do milho vá para a lavoura, bem como vai favorecer o desenvolvimento das culturas e pastagens em crescimento.

    Para o restante do período é necessário que ocorram chuvas regulares para que o desenvolvimento dos plantios seja satisfatório. “Em alguns sites é possível visualizar as previsões para os próximos dias com mais ou menos previsão, mas em se tratando de chuvas de verão, mesmo que está previsto pode ocorrer (e provavelmente o será) em intensidade acima ou abaixo da prevista em diferentes partes do município”, sublinha.

    NA PRÁTICA

    Alberi Gehrke, de 66 anos, planta soja há mais de 40 anos. Neste ano, são 40 hectares do grão, e a semeadura iniciou em meados de novembro do ano passado. Para o produtor, a estiagem das últimas semanas coloca em xeque sua produção. “Os pés deveriam estar maiores, com o dobro do tamanho, cerca de 80  centímetros. Porém, com a falta de chuva estão pequenos”, lamenta. 

    No período de floração, para que a vagem cresça viçosa, é preciso que nos próximos dias venha mais água. “No final de semana choveu apenas 7 milímetros. É pouco para a seca que estava. Para que o grão se desenvolva bem, precisaria chover uns 30 milímetros e deve ser mais seguido”, comenta.

    Conforme Alberi, a seca prejudicou mais os grãos plantados na resteva do fumo. Para o morador de Entre Rios, cerca de 10 hectares, que foram cultivados antes do Natal e na véspera do Ano Novo. A projeção de aproximadamente 1.600 a 1.800 sacas para esta safra não pode mais ser mantida em virtude do clima. O que pode lhe gerar uma quebra de aproximadamente 40% da produção.

    Confira a matéria completa na edição impressa desta terça-feira, do Nosso Jornal.