Transformação marca os próximos 100 anos da Souza Cruz

O presidente da Souza Cruz, Liel Miranda, está em Santa Cruz do Sul para acompanhar a abertura da Expoagro Afubra que ocorre na terça-feira (19). A empresa estará na feira com um estande de tecnologia. Antes disso, ele recebeu a imprensa regional na sede da empresa, em Santa Cruz, ao lado do diretor de tabaco, Dimar Frozza. 

Natural do Mato Grosso do Sul, ele ingressou na Souza Cruz como trainne. Depois de 10 anos na operação brasileira em diversas áreas, ocupou funções estratégicas na British American Tobacoo (BAT) na China, Canadá e na Ingraterra. Como presidente, uma de suas prioridades neste desafio é a luta contra o contrabando de cigarros, que abocanha expressiva fatia do mercado. "É preciso conscientização do governo e da sociedade que quem financia o contrabando de cigarros, também financia armas e drogas. O governo precisa atacar para cortar os fundos do crime organizado", fala.

Novidades

O executivo da empresa conversou sobre novidades, como o vaporizador (ou cigarro eletrônico) e sua tendência, ainda que seja precoce estimar números e prazos, de  ganhar força no mercado brasileiro. Hoje, está presente em poucos países e no Brasil, ainda não tem a regulamentação da Anvisa, mas a discussão deve começar no mês de abril, para que seja construída de forma consistente. “O consumidor quer continuar tendo a satisfação gerada pelo cigarro (pois ainda tem a nicotina no novo produto), mas sem a queima, diminuindo os riscos para a saúde”, frisou Miranda, apostando nessa tecnologia para o futuro. O que não representa, sublinha o executivo, uma ameaça à produção de tabaco, já que a matéria-prima segue sendo necessária, mas cada vez com mais qualidade. Há espaço para produção, explicou Frozza, lembrando que o Brasil evoluiu muito em qualidade e sustentabilidade, e esses fatores credenciam o país a seguir crescendo em produção de tabaco.

Meta

Uma das grandes metas da Souza Cruz para o próximo centenário é atuar para a manutenção do Sistema Integrado de Produção de Tabaco, criado pela Souza Cruz em 1918, e que impactou no agronegócio brasileiro. "Atuar fortemente para a permanência do jovem no campo, tornando-os grandes empresário, bem sucedidos, com alegria de viver no interior", diz. A Souza Cruz tem 27 mil produtores em que são profissionalizados, recebem suporte para assim serem sustentáveis nesta e nas gerações futuras.

Já o diretor de tabaco da empresa, Dimar Frozza, enalteceu que a qualidade e controle garantirá a sustentabilidade do negócio. O produtor, seus filhos e as gerações futuras devem sentir orgulho de onde vivem num sistema que gere renda, que agregue culturas complementares, que cuide do meio ambiente, tenha acesso a novas tecnologias. O jovem, aponta, não pode ser visto como filho do produtor, apenas. Ele é sócio, é empresário rural.