No interior de Rio Pardo, quilômetros de pó e barro

Entre o pó e o barro. É assim que vive uma comunidade, às margens da ERS-403, rodovia que liga Rio Pardo a Cachoeira do Sul. Entre a promessa de asfaltamento e o andamento das obras já se passaram 30 anos. A realidade é bem diferente do que a prometida. Pavimentada apenas do quilômetro 0 ao 18 e do quilômetro 43 ao 62, a estrada é um verdadeiro desafio para moradores e motoristas que passam pelo trecho. 

Na localidade de Arroio das Pedras, interior de Rio Pardo, está um dos pontos mais críticos. Com chuva, o problema são os atoleiros e os buracos. Com sol, a poeira. Segundo Júlia Carvalho Paz, uma das moradoras da localidade, em função das chuvas do início da semana, o trecho está intransitável. "É carro, ônibus, caminhões. Todos veículos que passam por aqui correm o risco de ficarem atolados. Na terça-feira foram vários casos. É um descaso muito grande", conta.

Ainda conforme a moradora, a obra na parte da estrada que passa pelo Arroio das Pedras foi retomada há um ano e até o momento não foi concluída. A empresa responsável iniciou a mesma e após abandonou, deixando o trecho em péssimas condições. "É ruim em dia de sol pela poeira, mas em dias de chuva é impossível transitar sem ficar atolado no barro ou até mesmo cair no valão que foi feito do lado da estrada", afirma.

O que diz o Daer

Procurado pela reportagem do Portal Arauto, o Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) disse, através da assessoria de imprensa, que está buscando a revisão do contrato para a pavimentação do quilômetro 18 ao 24, com a empresa Arcol. Por não conseguir executar o cronograma de trabalhos, por enquanto, são realizados serviços de patrolagem através do contrato de conserva rotineira.

No segmento seguinte, do quilômetro 24 ao 43, a empresa Conpasul está executando obras de pavimentação com recursos da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide). No seguinte, do quilômetro 43 ao 62, a rodovia é pavimentada e recebe manutenção através do contrato de conserva rotineira. Ainda conforme órgão, não há uma data prevista para a conclusão das obras nesses locais.