Estiagem já deixava prejuízos para produtores vera-cruzenses
A folha do milho está mais verde, o solo mais úmido e o sorriso mais largo no rosto do produtor. A chuva registrada no último fim de semana devolve o otimismo a quem vive da lida do campo. Romeu Mueller, agricultor e presidente da Cooperativa Mista de Agricultores Familiares de Vera Cruz (Cooopervec), que o diga. Em sua propriedade, em Linha Henrique D’Ávila, há mais de um mês que a chuva não caía. Os açudes já estavam secando, os pés de batata doce começavam a morrer e o milho não se desenvolvia. A grama e a pastagem também já ganhavam cores amareladas e o prejuízo passava a ser sentido. “Posso dizer que a perda da batata doce ficou em 10%. Tive que pedir a outro produtor que suprisse a demanda da entrega do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA)”, conta Mueller.
O prejuízo da estiagem só não foi maior pela cautela do produtor. “Já deveria ter plantado as hortaliças, mas esperei a chuva. Os espaços estão prontos”, conta ele, que comenta de perdas na propriedade do irmão e de outros membros da Coopervec. “O que a seca prejudica mesmo são as hortaliças, ainda mais para aqueles que não dispõem de sistema de irrigação”, frisa. O técnico agrícola da Secretaria de Desenvolvimento Rural, Carlos Henrique Porcher, explica o porquê. “As hortaliças são as que mais sentem, devido à baixa tolerância ao calor e por serem folhosas. O calor elevado e a falta de chuva prejudicam o crescimento e o desenvolvimento delas”, esclarece. Porcher alerta também aos prejuízos ocasionados pela estiagem. “Influencia na parte financeira, tanto do produtor quanto do consumidor”, diz. “Mas estamos trabalhando e incentivando o produtor a trabalhar com precauções contra o clima, como construções de reservatórios de água, sombrite e estufas”, sublinha Porcher.
IMPORTÂNCIA DA CHUVA
Água é vida, faz nascer, crescer, desenvolver. E as plantas precisam dela, ainda mais em períodos de seca. “A chuva, com certeza, é o mais importante elemento quando se fala em agricultura. As plantas precisam de água, gás carbônico e sais minerais, presentes na água e na terra”, explica Porcher, atento às cargas pluviométricas registradas no fim de semana. Em Vera Cruz, a média, segundo ele, ficou em 100 milímetros. Em alguns pontos, como a parte norte, choveu mais, cerca de 120 milímetros. Mas, nesse momento, qualquer incidência era bem-vinda aos agricultores.
A matéria na íntegra estão na edição impressa do Nosso Jornal desta terça-feira.
Notícias relacionadas
Calor propicia acidentes com animais peçonhentos
Biólogo explica comportamentos de aranhas, mosquitos, cobras e outros animais nesta época do ano
MPRS recomenda anulação de licença prévia para construção do Parque Cultural Gaúcho
O projeto do empreendimento está localizado em macrozona rural do Município de Arroio do Meio, compreendida como Zona Especial de Proteção Ambiental
Vacinação em massa contra dengue não ocorrerá em 2025
Previsão do Butantan é fornecer um milhão de doses neste ano
Em Mato Leitão, Prefeito anuncia novos asfaltamentos
O projeto na rua Jacob Bohn é de 184,82 metros e o da Rua das Hortênsias (defronte a Decoluz) totaliza 121,67 metros