Participaram do treinamento, profissionais da Semass, Guarda Municipal e Corpo de Bombeiros
Se conviver com os seres humanos já não é tarefa fácil, imagina quando essa convivência acontece com seres de outras espécies, com hábitos, constituição física e necessidades totalmente diversas das nossas. Ao praticar atos aparentemente inofensivos, como o de alimentar macaquinhos silvestres em uma visita ao parque, o cidadão, que acredita estar fazendo um bem, nem sequer imagina o desequilíbrio que possa estar causando ao meio ambiente.
Justamente para que essa relação do homem com a natureza aconteça de forma harmônica, é que o Ibama está em Santa Cruz do Sul realizando algumas capacitações. Desde o episódio ocorrido no ano passado, quando um macaco ficou com a pata dentro de uma lata por vários dias, até ser finalmente capturado e tratado, Ibama e Prefeitura têm trabalhado de forma mais intensa na tentativa de levar informação e conhecimento, tanto para a população de modo geral, quanto para os técnicos que diariamente com ocorrências envolvendo animais.
Desde a última quarta-feira (25), técnicos do Ibama do Rio Grande do Sul e do Piauí conduzem, junto com a Prefeitura, através da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Saneamento e Sustentabilidade (Semass), um treinamento sobre fauna silvestre. O primeiro módulo foi voltado à população em geral e além de palestras expositivas, o momento foi marcado por dinâmicas com muita música, vídeos e fantoches.
Nesta quinta-feira (26), foi a vez dos técnicos, que no dia a dia lidam com ocorrências relacionadas ao manejo da fauna silvestre. Participaram do treinamento, profissionais da Semass, Guarda Municipal e Corpo de Bombeiros. Para o analista ambiental e médico veterinário do Ibama no Estado, Paulo Guilherme Carniel Wagner, é necessário que os municípios aumentem seu campo de atuação. “Trabalhamos em conjunto com os demais entes federados, temos essa prerrogativa. Porém, quanto mais expandirmos a rede, menos conflitos acontecerão e, quanto mais o município agir, mais aumenta o controle e menores chances de as pessoas fazerem o que não devem. No fundo tudo é uma questão de educação”, disse
Durante o treinamento, foram abordados os principais conflitos envolvendo fauna silvestre e o que fazer diante de cada situação. Tráfico de animais, passariformes, operações de fiscalização, apreensões e destinação de animais resgatados, métodos de manejo e contenção, como reconhecer burlas nos sistemas de licenciamento, entre outros temas, foram trabalhados durante o encontro.
Para o secretário municipal de Meio Ambiente, Vanir Ramos de Azevedo, a capacitação é uma ferramenta a mais para auxiliar os técnicos em situações que acabam surgindo de forma inesperada. “A legislação na área do meio ambiente é dinâmica, muda o tempo todo. Em muitas situações surgem dúvidas quanto à responsabilidade do município”, observou.
Segundo o secretário, também é preciso desmistificar algumas questões. “Hoje quando a gente fala em Ibama, parece algo muito distante, mas na realidade não é. O objetivo dos órgãos ambientais é trabalhar de foma conjunta, esse é o espírito da legislação ambiental. E é isso que estamos procurando fazer”, disse.
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