Após morte de bebê, mãe espera transferência para tratar doença grave

Quando Iasmin Figueiredo Sousa e Guelri Jonathan Santos de Sousa se conheceram, através de um amigo em comum, nem imaginavam que após 13 meses estariam vivendo o momento mais feliz e também o mais triste de suas vidas. Após uma gestação de amor e um parto prematuro, o casal precisou enfrentar a morte da filha, de apenas oito dias. O nascimento de Anna Clara, que veio em meio a sintomas em Iasmin, alertou para algo ainda não descoberto: uma doença grave e que necessita de tratamento especializado.

Iasmin, de 17 anos, tem certeza de que Anna Clara veio ao mundo lhe salvar. “Você veio para alertar sobre minha doença. Você tinha uma missão aqui na terra e ela foi cumprida. Eu só tenho que agradecê-la por vir salvar a minha vida”, escreveu a mãe em uma homenagem para a filha nas redes sociais. O amor pela pequena Anna, que partiu cedo demais, é o que motiva o jovem casal. Guelri, 20 anos, fica o tempo todo ao lado de Iasmin, diagnosticada com má formação nas veias e artérias pulmonares.

O cateterismo pulmonar que Iasmin precisa deve ser feito no Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Mas, até agora, a transferência ainda não aconteceu. Enquanto isso, ela e o namorado aguardam, em meio a dor da perda e a ansiedade pela cura, no Hospital Santa Cruz (HSC). A última informação foi que Iasmin estava na quinta posição da lista de espera do Sistema Único de Saúde (SUS). Porém, a cirurgia é recomendada o mais rápido possível. Até que a transferência e o tratamento virem realidade, Guelri cuida de Iasmin que precisa de repouso absoluto. “Eu escovo os cabelos dela, dou banho e coloco as roupas. Qualquer esforço a faz ficar ofegante”, lamenta.

Quem quiser ajudar o jovem casal pode entrar em contato pelos números (51) 9 9688-3702 e (51) 9 9680-4857 ou também pelas redes sociais. O tratamento particular é cogitado, caso recebessem apoio, já que a solução pelo sistema público parece distante demais. Até que o tratamento inicie, o casal apenas agradece as palavras de carinho que recebem e o alerta enviado pela pequena Anna Clara que, como um anjo, foi enviada, cuidou de tudo e voltou para o céu com a tarefa de salvar a mãe cumprida.