Política

Votação do Escola sem Partido é adiada pela quinta vez na Câmara

Publicado em: 22 de novembro de 2018 às 06:55 Atualizado em: 20 de fevereiro de 2024 às 15:05
  • Por
    Luiza Adorna
  • Fonte
    Agência Brasil
  • Foto: Arquivo/Agência Brasil
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    Projeto prevê o respeito às convicções do aluno, de seus pais ou responsáveis

    Após quase sete horas de espera, foi cancelada a reunião da comissão especial que analisa o projeto de lei, conhecido como Escola sem Partido. Foi a quinta vez que o colegiado tentou fazer a leitura do relatório do deputado federal, Flavinho (PSC-SP). Uma nova reunião foi marcada para esta quinta-feira (22), às 9h. 

    Por tramitar em caráter conclusivo, caso seja aprovado na comissão e não haja pedido para que o projeto seja analisado em plenário, o Escola sem Partido poderá seguir diretamente para o Senado Federal. No entanto, partidos da oposição estudam apresentar recursos para que o texto seja analisado pelo plenário da Câmara dos Deputados. 

    O projeto prevê, entre os princípios do ensino, o respeito às convicções do aluno, de seus pais ou responsáveis, dando precedência aos valores de ordem familiar sobre a educação escolar nos aspectos relacionados à educação moral, sexual e religiosa, além de estabelecer que as escolas tenham cartazes com os deveres do professor, entre os quais a proibição de usar sua posição para cooptar alunos para qualquer corrente política, ideológica ou partidária. Conforme o projeto, o professor não poderá incitar os alunos a participar de manifestações e deverá indicar as principais teorias sobre questões políticas, socioculturais e econômicas.

    O texto determina uma série de proibições para os docentes das escolas públicas e privadas da educação básica, como promover suas opiniões, concepções, preferências ideológicas, religiosas, morais, políticas e partidárias, bem como o uso de termos como “gênero” ou “orientação sexual” no ambiente de ensino.