Em Vera Cruz, estimativa da safra 2016/2017 é de 3,7 mil toneladas
A colheita do fumo para a safra 2016/2017 se encaminha para a reta final em Vera Cruz. De acordo com a Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra) ela alcança 85%. No Vale do Rio Pardo, 60% do tabaco já está nos galpões à espera da venda às empresas fumageiras. Em nível de três estados do sul do país – Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná – 40% da safra já está colhida. O percentual de tabaco já retirado das lavouras em Vera Cruz representa 3.145 toneladas, e a estimativa desta safra é de 3,7 mil toneladas.
Quem está na reta final da colheita é o produtor de Linha Alta, Severiano Barros, de 52 anos. Com a ajuda da esposa e com mão de obra contratada, ele planta 230 mil pés de tabaco. Em sua propriedade são nove estufas, sendo três de ar forçado (elétrica) e seis do modo convencional (lenha). Nesta safra, devido à murchadeira que atingiu cerca de 80 mil pés de tabaco, ele utilizou apenas sete fornos para a secagem das folhas.
Herdada a profissão de agricultor dos pais, Barros planta fumo em solo vera-cruzense há 26 anos e comenta que esta safra poderia ser uma das maiores, caso a murchadeira não tivesse atingido parte de sua produção. “Se o fumo tivesse dado a qualidade esperada, certamente a quantia de estufas não seria suficiente para secar tudo no tempo certo”, relata. “Até o fim da colheita serão mais duas semanas”, completa.
O PREÇO
As entidades representativas dos produtores (Fetag/RS, Farsul, Faesc, Fetaesc, Faep, Fetaep e Afubra) assinaram o acordo com a empresa Souza Cruz em um primeiro encontro, realizado no dia 23 de novembro do ano passado, com aumento da tabela de 8,35%. Com isso, o BO1 ficou em R$ 11,64 e o To2 em R$ 9,35. De acordo com a Afubra, estão agendados para os dias 17 e 18 novos encontros com as demais empresas. “A proposta das entidades para assinatura de acordo necessariamente precisa fechar com a tabela ajustada com a Souza Cruz, a qual ela já está praticando. Nossa expectativa é de que haja também acordo com estas empresas, pois é um percentual de aumento dentro das expectativas da representação dos produtores”, afirma o presidente da Afubra, Benício Werner.
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