Agronegócio gaúcho foi responsável por 72,2% das exportações do Rio Grande do Sul, somando 15,8 bilhões de dólares
Benito Paschoal
Prefeito de Encruzilhada do Sul
O setor agropecuário é a base da produção e do desenvolvimento do nosso país. Mas é no Rio Grande do Sul que essa realidade é ainda mais evidente. O campo sustenta a economia, garante alimento e movimenta cadeias produtivas em todas as regiões do Brasil, contribuindo de forma decisiva para a segurança alimentar e para o equilíbrio da balança comercial brasileira.
Em 2024, mesmo enfrentando um cenário climático desafiador, o agronegócio gaúcho foi responsável por 72,2% das exportações do estado, somando 15,8 bilhões de dólares, com destaque para a soja em grão, o fumo e seus produtos e as carnes. Dados esses que refletem o esforço coletivo de milhares de famílias do campo e que reforçam a importância do setor para impulsionar cada vez mais o nosso Estado e o nosso país.
No entanto, só nos últimos anos, enfrentamos uma sequência devastadora de crises climáticas: são quatro anos consecutivos de seca e uma enchente sem precedentes. O impacto sobre a produção foi devastador, deixando o agricultor gaúcho à beira do colapso financeiro. Por isso, se faz urgente e necessário falar de securitização das dívidas dos produtores rurais. Não estamos falando de perdão dos valores, mas sim o alongamento justo dos compromissos financeiros de quem trabalha, produz e gera renda e riqueza. Uma chance para recomeçar, devolvendo o mínimo de fôlego ao já tão calejado trabalhador do campo.
Em Encruzilhada do Sul, estamos ao lado do pequeno agricultor e do movimento pela securitização. Uma medida que pode devolver ao produtor a capacidade de continuar fazendo aquilo que é sua vocação: produzir alimentos, gerar emprego e renda e levar adiante a sua expertise para alavancar as finanças do Rio Grande do Sul e do Brasil. São incontáveis os que dependem dessa medida para seguir em frente, apesar de todas as adversidades.
São gerações e gerações plantando e trabalhando na terra. Por isso, é urgente que se faça a securitização das dívidas para que não haja o abandono do campo. Uma agricultura forte precisa de políticas públicas ágeis e eficazes para continuar produzindo. E securitizar é dar uma nova chance ao campo. Que a securitização saia, e saia logo – pelo bem de todos. Pois, se o campo não planta, a cidade não janta.
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