Objetivo da proposta é oferecer um espaço específico para atendimento de pessoas obesas, com um ambiente mais humanizado
Entre os projetos que começam a tramitar na sessão desta segunda-feira (26) da Câmara de Vereadores de Santa Cruz do Sul, está o de Gerson Vargas (PP), que propõe a criação do Centro de Referência para a Prevenção e Tratamento da Obesidade. O objetivo da proposta é oferecer um espaço específico para atendimento de pessoas obesas, com um ambiente mais humanizado e voltado às demandas desse público.
Pela proposta do parlamentar, apenas moradores de Santa Cruz que se enquadrem nos critérios de sobrepeso (IMC entre 25 e 29,9) e obesidade graus I, II e III (IMC acima de 30) poderiam ser atendidos no local. O projeto prevê que o Executivo destine estrutura e profissionais qualificados para prestar o serviço. Também está prevista a realização de ações como palestras, audiências públicas, fóruns e seminários, para envolver a sociedade civil e setores ligados à saúde no debate sobre obesidade.
Na justificativa, Gerson Vargas destaca que, assim como já existem atendimentos exclusivos para mulheres vítimas de violência, gestantes e pessoas com diabetes, poderia ser criado um centro específico para os moradores que estão acima do peso. “Estamos sugerindo que as pessoas obesas também tenham um atendimento exclusivo, o que lhes trará mais privacidade e condições adequadas quando necessitam de tratamento de saúde”, escreveu.
Três em cada quatro moradores de Santa Cruz estão acima do peso
Dado do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (Sisvan) mostra que, com base na população usuária do SUS, atualmente 73,43% dos moradores de Santa Cruz estão com sobrepeso ou algum grau de obesidade. O levantamento indica que apenas 25,13% da população local está com peso adequado e 1,45% apresenta baixo peso.
Os números colocam o município em uma situação semelhante à média do Brasil, onde cerca de 73% da população também está acima do peso saudável. No estado, os índices apontam 32,19% de sobrepeso e 43,59% somando os diferentes graus de obesidade. Já no cenário nacional, os dados mostram 34,32% com sobrepeso e 37,18% em algum nível de obesidade.
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