Parlamentares de diferentes partidos manifestaram preocupações e reflexões
Os temas que vêm gerando debates nas redes sociais e nos meios de comunicação, os chamados bebês reborn e os therians, pessoas que se identificam como animais, chegaram ao plenário da Câmara de Vereadores de Santa Cruz do Sul. Na sessão desta semana, parlamentares de diferentes partidos manifestaram preocupações e reflexões.
Eduardo Wartchow (Novo) foi um dos primeiros a tratar do tema. Ele classificou como chocantes os vídeos e relatos envolvendo adultos que tratam bonecos reborn como filhos reais, inclusive tentando inseri-los em rotinas do sistema de saúde. “É preocupante ver pessoas buscando atendimento médico ou brigando judicialmente pela guarda de um ser inanimado”, afirmou. O político também fez menção ao crescimento de casos de pessoas — inclusive crianças — que se identificam como animais. “É uma tentativa de tapar um vazio emocional, uma carência de pertencimento à sociedade”, avaliou.
A vereadora Nicole Weber (Podemos) também abordou o assunto. Em sua fala, ela lembrou que, em Minas Gerais, um projeto de lei foi aprovado para impedir que pais de bebês reborn utilizem serviços do SUS como se estivessem com crianças reais. Nicole expressou preocupação com a possibilidade de isso ocorrer também em Santa Cruz e anunciou que, se necessário, proporá uma medida similar. “No momento em que alguém tenta passar um nenê de plástico na frente de um idoso doente no SUS, a coisa fica mais maluca do que já é”, disse.
Já o Edson Azeredo (PL) foi direto em sua crítica à ideia de que pessoas que cuidam de bonecas como se fossem filhos deveriam buscar a adoção de crianças reais. “Pelo amor de Deus, não me incentivem uma bobagem dessa”, colocou. Ele fez um apelo por responsabilidade e discernimento ao tratar do que chamou de papel sagrado da maternidade, usando como exemplo mães que enfrentam situações dolorosas em Santa Cruz.
Nas redes sociais, Abel Trindade (PL) também divulgou com um vídeo em que comenta sobre o fenômeno dos therians. Em tom crítico, Abel classificou a situação como “loucura” e afirmou que pessoas que se identificam como animais precisam de tratamento psiquiátrico. “As pessoas acharem que são cachorro, gato, e quererem viver dessa forma… isso é caso de internação. É problema mental. Não demora muito, vão querer que nós, como sociedade, tratemos eles dessa forma. E quem não tratar, vai ser acusado de preconceito”, disse.
Notícias relacionadas

Vereadores criam Frente Parlamentar de Combate à Pedofilia e ao Abuso Sexual Infanto-juvenil
Instalação solene ocorre na tarde desta sexta-feira (23), ocasião em que o prefeito Gilson Becker deve sancionar o projeto

Santa Cruz poderá ter internet gratuita em praças e parques
Projeto aprovado na Câmara prevê implantação do programa Santa Cruz Digital, com foco em turismo, inclusão e acesso a serviços públicos

Emenda parlamentar destina R$ 200 mil para custeio dos hospitais de Santa Cruz
Entrega simbólica ocorreu na manhã desta terça-feira

Realizada há quase um mês, inauguração do viaduto gera discussão no Legislativo
Tema foi abordado pelos parlamentares Nicole Weber e Raul Fritsch; entenda