Municípios da região tem adquirido radares, internet via satélite e monitoramento remoto para evitar as tragédias climáticas
A região do Vale do Taquari está reforçando suas estratégias de monitoramento para enfrentar eventos climáticos extremos. Um exemplo recente é o Rio Forqueta, que tem ganhado atenção da Defesa Civil de Lajeado após ter impactado intensamente os municípios na enchente de maio de 2024.
Conforme o coordenador da Defesa Civil de Lajeado, tenente-coronel Luís Marcelo Gonçalves Maya, tradicionalmente, os alagamentos na cidade eram causados pelas águas do Rio Taquari. No entanto, o Forqueta teve contribuição na última inundação, surpreendendo autoridades e exigindo novas medidas. Até então, o rio não contava com nenhum tipo de monitoramento. Isso mudou com a instalação de um radar de medição de nível, que permite o acompanhamento remoto, 24 horas por dia, com transmissão de dados e imagens em tempo real. “A bacia do Taquari para nós está bem melhor monitorada agora”, afirmou.
Com o aparelho, Lajeado se junta a municípios como Estrela, que também têm investido em equipamentos similares. Além disso, o coordenador apontou que diversas cidades do Vale do Taquari estão instalando geradores de energia e antenas de internet via satélite. Esses recursos garantem o funcionamento dos sistemas de monitoramento mesmo em situações de queda de energia ou interrupção da internet.
“Para que na crise, se o fornecimento desse serviço cessar, nós consigamos manter com energia elétrica e acesso à internet para monitorar os sites. Não adianta o radar estar mandando informação para nós, se não tivermos acesso na leitura. Já tem vários municípios que estão colocando medidores do nível do rio com disponibilidade da leitura pela internet“, destacou.
Segundo o tenente-coronel, a região conta hoje com um tempo mínimo de resposta de seis horas entre a leitura do nível do Rio Taquari em Encantado, e o impacto em Lajeado em caso de falta de energia e acesso aos sites de monitoramento. Esse intervalo é considerado suficiente para evacuar áreas de risco. No entanto, com o reforço na infraestrutura de comunicação, a Defesa Civil busca prever com até 24 horas de antecedência os níveis que os rios atingiriam.
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