Casa da família Schneider, construída em 1926, guarda até hoje as marcas do desastre

Foto: Prefeitura de Mato Leitão
O dia 30 de abril de 2024 ficou marcado pela angústia em todo o Rio Grande do Sul. Um ano após a maior tragédia climática da história do Estado, o morador de Mato Leitão, Guido Schneider, de 67 anos, relembra o momento em que o Arroio Sampaio subiu em velocidade recorde, levando tudo o que havia pelo caminho, inclusive duas das pontes do município.
Segundo Guido, as pontes de Ferro e Passo Fundo, localizadas na divisa entre Mato Leitão e Cruzeiro do Sul, desapareceram em questão de horas. “Foi tudo muito rápido. Quando percebemos, a ‘ponte de ferro’ já tinha sumido, não existia mais. Acho que em menos de 24 horas choveu uns 700 milímetros, não só aqui, mas na região”, lembra.
A casa da família Schneider, construída em 1926, guarda até hoje as marcas do desastre. Em uma das paredes e em um pilar do galpão, a cerca de 200 metros do arroio, está o registro do nível da água. “A maior enchente tinha acontecido em 1941, mas essa passou 90 centímetros da marca. Em 2008 saí daqui justamente com medo da água. Já fiquei muitas noites acordado com a lanterna ligada, controlando a chegada da água. É muito ruim passar por isso” disse.

Foto: Prefeitura de Mato Leitão
Hoje, a família reside em uma área mais elevada do município, mas as lembranças da enchente de maio continuam vivas. “Ficamos totalmente ilhados. A estrada em frente da casa estava completamente tomada pela água. Chegamos a fazer contato com os bombeiros para um possível resgate”, conta. O pedido acabou sendo cancelado quando o nível do arroio começou a baixar, após o rompimento da ponte, obstruída por entulhos que represaram a água e agravaram o alagamento. “Só depois que o arroio baixou que as pessoas perceberam que a ponte não estava mais no lugar”, completa.
Questionado sobre a possibilidade de uma nova enchente com as mesmas proporções, Guido afirma não duvidar mais dos eventos climáticos “Do jeito que as coisas estão, pode acontecer sim. Em setembro de 2023 já foi grande, e meses depois veio essa bem pior”, destaca.
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