Médico explica como funciona a triagem de urgência e emergência nos hospitais

Todos os dias, diversas pessoas são atendidas por hospitais da região. Um dos primeiros passos adotados pelas instituições de saúde é a triagem, processo que determina a prioridade no atendimento dos pacientes com base na gravidade do seu estado clínico. Mas como saber qual atendimento deve ser priorizado? O médico intensivista do Hospital Ana Nery, Rafael Botelho Foernges, explica como isso funciona na prática.

O sistema de triagem tem como objetivo qualificar o atendimento em casos de urgência e emergência nos hospitais, sendo um método adotado mundialmente. Ele visa otimizar os recursos disponíveis e garantir que os pacientes mais graves recebam atendimento prioritário, de acordo com suas patologias.

Segundo Foernges, o processo de triagem utilizado é o Protocolo de Manchester, que classifica os atendimentos em urgência e emergência, utilizando um sistema de cores. A emergência ocorre quando há uma ameaça imediata à vida do paciente, exigindo atendimento imediato — geralmente representada pela cor vermelha. Já a urgência representa uma condição que pode evoluir para emergência se não for tratada a tempo. “São casos em que o paciente apresenta alterações agudas, mas que não demandam um cuidado imediato diante de um risco iminente de morte” , esclarece o médico.

Na triagem de urgência e emergência, cada cor indica o nível de gravidade do quadro e o tempo máximo aceitável para o início do atendimento. As cores incluem vermelho (emergência imediata), laranja (quadro que exige atendimento em até 10 minutos), amarelo (gravidade moderada com atendimento em até 1h), verde (menor gravidade) e azul (atendimento simples em até 4 horas).

O especialista também ressalta a importância da conscientização dos pacientes sobre o processo de classificação nos serviços de saúde. Segundo ele, compreender como funciona a triagem é fundamental para garantir um atendimento eficaz, seguro e no tempo adequado.