Chefe do Executivo, Jarbas da Rosa, elenca ações que seguem ocorrendo no município mesmo um ano após a tragédia

Para Jarbas da Rosa, os sete primeiros dias foram os piores | Foto: Mônica da Cruz/Grupo Arauto
“Foi um momento muito difícil”, é assim que o prefeito de Venâncio Aires, Jarbas da Rosa, relembra da enchente histórica que assolou o município entre abril e maio de 2024. Apesar dos alertas meteorológicos, que previam um volume expressivo de chuva, a intensidade surpreendeu não apenas a Capital do Chimarrão, mas também municípios de toda a região.
Para Rosa, a situação exigiu força, resiliência e união, especialmente pela maneira como a enchente aconteceu. Primeiro na parte baixa da cidade, depois afetando a região serrana e, por fim, chegando a Vila Mariante e outros distritos do interior. “Foi dias difíceis, porque cada dia era um desafio, cada dia eram novos desafios que se apresentavam e que a gente tinha que atender”, desabafa.
No primeiro momento, segundo o chefe do Executivo, as ações se concentraram no resgate e salvamento de pessoas. A segunda etapa foi o acolhimento dos desabrigados, que foram encaminhados para quatro pontos do município. “E em um segundo momento, iniciar a reconstrução. Foi um desafio muito grande. Fica marcado na história, [especialmente] o apoio e envolvimento das comunidades, da sociedade civil organizada, dos voluntários.”
Após um ano da enchente, o município segue realizando ações de auxílio e apoio às famílias atingidas, principalmente no que tange novas moradias. O prefeito explica que foi realizado um trabalho para identificar as famílias e as casas atingidas, através da Secretaria de Planejamento e Urbanismo, com apoio do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREA). Em Venâncio Aires, famílias ficaram nos abrigos por mais de 60 dias, depois disso, conforme relembra Rosa, a Administração optou pelo aluguel social.
“Entendemos que para dar mais dignidade a essas famílias, principalmente com crianças e idosos, ter um local de moradia, mesmo temporária, como um apartamento ou uma casa, é o mais adequado. Então nós fizemos esse movimento de investir em aluguel social”, salienta. Atualmente, mais de 230 famílias ainda estão em aluguel social; em torno de 130 estão cadastradas na compra assistida, iniciativa do Governo Federal, que já teve nove famílias contempladas e que realizaram o processo de compra da casa própria, e cerca de 100 aguardam aprovação da União.
Além disso, obras estão sendo realizadas em Estância Nova, na área do antigo Instituto Penal de Mariante (IPM), no Bairro Brands e Aviação. Nestes locais é aguardada a execução que compete ao Governo do Rio Grande do Sul. “Com isso a gente vai conseguir, até o final do ano, realocar todas as pessoas em casas definitivas.”
Ficou interessado e quer saber mais? Esse é um dos pontos abordados no podcast que o Grupo Arauto produziu sobre o primeiro anos das enchentes em Venâncio Aires. Ouça:
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