Novo secretário falou à Arauto News 89,9 sobre metas prioritárias após assumir a pasta; confira
O novo secretário da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação do Rio Grande do Sul, Edvilson Brum, assumiu o cargo com uma meta clara: ampliar os investimentos em irrigação para garantir resiliência climática ao setor agropecuário. Segundo ele, a mudança no padrão de chuvas, cada vez mais marcada por eventos extremos, exige respostas estruturantes e não apenas emergenciais. “Não é mais possível depender só da boa vontade do clima. Precisamos preparar o Estado para conviver com a seca”, afirmou.
Além dos incentivos diretos, como o financiamento de até R$ 100 mil por projeto, Brum lembrou que avanços já foram conquistados para facilitar a adesão, como a dispensa de licenciamento ambiental específico para pivôs de irrigação. A proposta é ampliar a resiliência climática dos produtores, aliando o esforço estadual à possibilidade de uso do Fundo Social da União, não apenas para irrigação, mas também para quitar dívidas dos agricultores acumuladas nos últimos cinco anos. “Temos apenas 4% das nossas lavouras irrigadas. Precisamos entender os gargalos e vencer as barreiras culturais e estruturais para ampliar esse número”, afirmou.
Durante entrevista à Arauto News 89,9 FM, Brum defendeu a retomada e ampliação dos programas de incentivo à irrigação, especialmente para pequenos e médios produtores. Ele também ressaltou a importância de uma política estadual permanente voltada à gestão hídrica nas propriedades, com suporte técnico, acesso a crédito facilitado e menos burocracia. “É preciso descomplicar o acesso a equipamentos e a tecnologias que já existem e podem fazer a diferença na produção”, pontuou.
Brum reconheceu que o Rio Grande do Sul tem vivido uma sequência de eventos climáticos severos, que afetaram diretamente a produção de grãos, leite, frutas e hortaliças em várias regiões. Ele afirma que o desafio agora é tornar o campo mais preparado e menos vulnerável. “Temos que transformar resiliência em prática, não em discurso. Isso passa por irrigação e por gestão de risco de forma profissional”, disse.
Ouça a entrevista completa:
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