Com o planejamento da safra 2025/2026 em andamento, uma campanha de conscientização inicia e leva ao produtor de tabaco alterações no calendário e orientação quanto ao uso de sementes
Os membros do Grupo de Trabalho (GT) Qualidade e Inovação, do Fórum Nacional da Integração (Foniagro) da Cadeira Produtiva do Tabaco, nos últimos meses, vem debatendo a necessidade de alterações no calendário de plantio e também da utilização de sementes certificadas. Com o planejamento da safra 2025/2026 em andamento, uma campanha de conscientização inicia e leva ao produtor de tabaco alterações no calendário e orientação quanto ao uso de sementes. Participam do GT, representantes das entidades representativas dos fumicultores e do SindiTabaco e empresas associadas.
Sobre o calendário de plantio, a definição é de que será de 01 de maio até 30 de novembro; as janelas de transplante variam de acordo com a região e o tipo de tabaco. “Foram amplas as discussões sobre a necessidade de cumprir com um calendário de plantio, pois, cada vez mais, a plantação de tabaco fora da época tem se intensificado. O intuito com essa campanha de observar esse calendário de plantio é evitar a proliferação de pragas e doenças que prejudicam a qualidade do tabaco e também o solo”, explica o presidente da Afubra, Marcilio Drescher.
Drecher também reforça a necessidade de o produtor ficar atento às sementes que utiliza para a implantação de sua lavoura de tabaco. “O uso de sementes qualificadas e certificadas é de fundamental importância para a qualidade do tabaco cultivado e, também, para a proteção do solo das lavouras”, destaca o presidente, ao lembrar que a qualidade do tabaco brasileiro é o que faz o país ser líder em exportação. “Quanto melhor ser a qualidade do tabaco por nós produzido, mais temos como exigir um preço justo pelo nosso produto”.
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Saiba mais – Em 2016, foi instituído o regimento do Foniagro (Fórum Nacional de Integração do Tabaco), aprovado de acordo com a Lei 13.288/2016 (Lei da Integração). O Foniagro é composto pelas entidades representativas dos produtores integrados e das empresas integradoras, com mesmo número de representantes de cada lado. Fazem parte do Foniagro do Tabaco, a Afubra, as Federações da Agricultura e dos Trabalhadores da Agricultura dos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná (pelo lado dos produtores) e SindiTabaco e suas associadas (pelo lado das indústrias). Tem por objetivo trazer segurança jurídica aos produtores e empresas que fazem parte do Sistema Integrado de Produção, estabelecendo os direitos e obrigações das partes. O Foniagro tem as seguintes competências: estabelecer as diretrizes e objetivos gerais do Sistema de Integração; formar e repassar para as Cadecs (Comissão para Acompanhamento, Desenvolvimento e Conciliação da Integração) a metodologia para o cálculo do valor de referência a ser pago ao produtor integrado; elaborar e atualizar os coeficientes técnicos que servem de subsídio para a realização dos custos de produção; criar grupos de trabalho para auxiliar nas atividades do Foniagro.
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