Região forma grupo de trabalho para reduzir filas de cirurgia de alta complexidade do SUS

Com mais de mil pessoas na região à espera de procedimentos de alta complexidade, a Secretaria de Saúde de Santa Cruz do Sul anunciou a criação de um grupo de trabalho para buscar soluções efetivas e reduzir a fila de espera por cirurgias e tratamentos especializados pelo Sistema Único de Saúde (SUS)

Em entrevista à Arauto News 89,9 FM, o secretário municipal de Saúde, Rodrigo Rabuske, informou que o grupo já está formado e conta com a participação de secretários de Saúde de Santa Cruz, Candelária e Pantano Grande, além do envolvimento do do Consórcio Intermunicipal de Saúde (Cisvale), da 13ª e da 8ª Coordenadorias Regionais de Saúde.

“Não dá para a gente unicamente dizer que existe uma fila, nós temos que buscar remédios, possibilidades para resolver o problema e trazer de volta a dignidade às pessoas. Não tem nada mais dolorido que andar na rua e as pessoas te pararem e dizer que estão 4 anos aguardando uma cirurgia. Mas é óbvio que a gente não consegue resolver isso da noite para o dia”, destacou.

Conforme o secretário, as ações iniciais do grupo incluem o levantamento detalhado da demanda por cirurgias de alta complexidade e a estimativa de custo para atender a todos os pacientes na fila. A intenção é apresentar dados concretos que reforcem a necessidade de investimentos por parte do Governo do Estado e do Ministério da Saúde.

“Na alta complexidade nós temos pacientes com mais de cinco anos aguardando. Isso não pode ser visto com naturalidade. Nós não viemos aqui vender nada que a gente é o salvador da pátria,  é muito difícil resolver isso, mas o que não pode faltar é dedicação, capacidade da gente buscar soluções e  focar no problema”, complementou.

Média complexidade

Na última sexta-feira (4), a Prefeitura lançou o programa “Menos Fila, Mais Saúde”, que tem como objetivo reduzir as filas para procedimentos de média complexidade, como cirurgias gerais e traumato-ortopédicas. O programa atenderá inicialmente 1.300 pessoas que aguardam há anos por essas intervenções. A implantação do programa foi possível sem onerar os cofres públicos, por meio da revisão de contratos e pactuações com os hospitais Santa Cruz, Monte Alverne e Ana Nery.