Investigadores esclareceram por completo versão apontada pela defesa, de que vítima estaria portando arma de fogo
A Polícia Civil concluiu o inquérito policial referente ao último homicídio registrado em Rio Pardo. O documento, com 156 páginas, foi remetido na tarde desta quinta-feira (3) ao Poder Judiciário. Um homem de 33 anos foi indiciado pela morte de Zimer de Oliveira Rocha, de 82 anos, ocorrida na manhã de 24 de março, em Albardão, no interior do município.
O acusado, que encontra-se preso preventivamente no Presídio Regional de Santa Cruz do Sul, vai responder por homicídio duplamente qualificado, com as qualificadoras – que podem aumentar a pena – de motivo torpe (briga por causa de terras) e recurso que dificultou a defesa da vítima (Zimer foi pego de surpresa em uma emboscada).
O homem de 33 anos ainda irá responder por receptação da arma de fogo utilizada no crime (ele usou um revólver calibre 32 furtado em Santa Cruz no ano de 2022). Também foi indiciado por posse ilegal de arma de fogo, pois afirmou à polícia que fazia cerca de dois anos que tinha o revólver, mas não possuía qualquer registro ou autorização legal para tê-lo.
“Ainda vão ficar pendentes alguns laudos solicitados, como na arma de fogo utilizada e no telefone do acusado. No entanto, o nosso prazo é exíguo, então será concluído e posteriormente remeteremos os laudos”, comentou o delegado Anderson Faturi.
Tese de legítima defesa afastada
Apresentado na delegacia no dia 25 de março por uma bancada de defesa formada pelos advogados Ezequiel Vetoretti e Paulo César da Silva, o homem de 33 anos admitiu ao delegado Faturi que efetuou os disparos que mataram Zimer, mas alegou que agiu em legítima defesa, após a vítima supostamente apresentar uma arma de fogo.
Contudo, conforme o chefe da investigação, a tese não se confirmou. “Conseguimos comprovar que a vítima não estava armada. O homem que faleceu tinha arma e registro, e a utilizava como proteção, mas tinha o costume de deixar a arma numa casa”, comentou Faturi.
O caso teve como pano de fundo uma discussão horas antes do homicídio, após uma passagem de gado que era do autor do crime por uma porteira que dava na propriedade da vítima.
“O homem que faleceu deixou a arma na casa onde fazia isso costumeiramente, e ao sair desse local que ele caiu na emboscada do autor, que ficou escondido atrás de uma árvore e efetuou os disparos”, complementou Faturi. O nome do investigado, por enquanto, está sendo mantido em sigilo pelas autoridades policiais.
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