Você tem um coração que acolhe, que escuta, que entende a dor dos outros… Mas me diz, quem entende a sua?
Quantas vezes você já foi refúgio para alguém? Já ofereceu um ombro, já ouviu em silêncio, já segurou firme a mão de quem precisava?
Mas e você? Quem segura a sua mão?
Quem percebe quando o peso do mundo está grande demais para você carregar sozinho? Quem te pergunta, de verdade: “Você está bem?”
E se ninguém perguntar… você mesmo se faz essa pergunta? Ou será que aprendeu a seguir em frente, ignorando o cansaço, silenciando as próprias dores?
Epicteto dizia que “nenhum homem é verdadeiramente livre se não consegue governar a si mesmo”. Mas como governar-se sem reconhecer que também precisa de cuidado?
Ser luz para os outros é bonito… mas e a sua chama? Será que ela ainda brilha com a mesma intensidade? Ou já está pedindo, em silêncio, para que alguém a reacenda?
Será que hoje é o dia de permitir-se ser cuidado também?