A palestra que abriu a programação foi do especialista em tecnologias e redes sociais, Juliano Kimura, que falou sobre o uso e impacto da inteligência artificia na sala de aula
Nesta quinta-feira (13) iniciou o primeiro dia do Seminário de Professores e Monitores de 2025 do Colégio Mauá. O diretor-geral do Colégio Mauá, Nestor Raschen, iniciou o seminário com um importante momento de reflexão com os professores e monitores, evidenciando os novos começos, mas relembrando, sobretudo, a história do Colégio Mauá, que neste ano, completa 155 anos. “Estamos celebrando um fazer pedagógico, que remete a cada um de nós a enorme responsabilidade de honrar a tradição desses 155 anos”, destacou Raschen.
A palestra que abriu a programação foi do especialista em tecnologias e redes sociais, Juliano Kimura, que falou sobre o uso e impacto da inteligência artificial (IA) na educação. Kimura trouxe reflexões diversas sobre inteligência emocional, ferramentas tecnológicas aplicadas à educação e a utilização de experiências didáticas diferenciadas e personalizadas.
Durante a palestra, Juliano destacou a importância dos docentes através de uma bela metáfora. “Vocês professores estão soprando um dente de leão por dia, jogando as sementes ao vento. Aquela semente de conhecimento que você está soprando, voa e vai gerar frutos em algum lugar, aqueles jovens são sementes e as palavras de vocês tem um peso maior, pois estão ensinando”, explicou Kimura.
Em relação ao uso da inteligência artificial, o palestrante destacou que ainda há barreiras culturais que impedem esse movimento de inserção e uso. “Não podemos vilanizar a tecnologia, ela continuará evoluindo quer a gente queira ou não, temos que pensar o que faremos com isso, o primeiro passo é conhecer, acessar, testar. A IA está em aparelhos e aplicativos que usamos todos os dias, ou seja, vamos utilizar a inteligência artificial querendo ou não. A pergunta é, você quer ficar para trás ou quer dar o próximo passo?”, instigou.
Conforme Juliano, um dos impactos do uso de IA por jovens estudantes é a perda do uso racional da ferramenta. “A escola terá de achar um jeito de reforçar as doses de pensamento crítico e criativo, porque os alunos vão parar de pensar com a própria cabeça”, alertou o profissional. Em contraponto, ele destacou o que escolas de outros países já vem fazendo em relação à temática. “Nós aprendemos de forma diferentes, alguns aprendem mais ouvindo, outros olhando, e outras pessoas tocando, no entanto o método de ensino que utilizamos não leva essas diferenças em conta, todos assistem a mesma aula de forma igual. Algumas escolas estão aplicando o ensino hiper personalizado, que é o que eu chamo de ensino das experiência, aprenderemos mais rápido, e teremos tempo livre para experienciar e vivenciar novas coisas. Nós caminhamos para isso.”
Kimura trouxe um ponto bastante discutido nas revoluções tecnológicas que já aconteceram, que é a preocupação de a tecnologia substituir o homem. “É as pessoas que fazem trabalham braçal que a tecnologia tem que substituir, ela tem que trabalhar para gente, para que nós tenhamos mais tempo para sermos seres humanos, esse é o objetivo”, concluiu o especialista.
O Seminário de Professores e Monitores segue com sua programação nesta sexta-feira, 14, trazendo uma série de atividades voltadas ao desenvolvimento pedagógico e à troca de experiências entre os educadores. Com palestras, workshops e momentos de reflexão, o evento reforça o compromisso do Colégio Mauá em promover a qualificação contínua de sua equipe, proporcionando discussões relevantes sobre ensino, inovação e tecnologia na educação.

Nestor relembrou história da escola, que completa 155 anos em 2025 | Foto: Regina Colombelli
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