Lucas Miguel Batista
Jornal Arauto
Comunidade está em alerta depois de pelo menos três casos nos últimos dias
A aparição de cobras em algumas propriedades de Vera Cruz vem causando espanto a moradores. São nas horas mais improváveis que elas aparecem e acabam ferindo os vera-cruzenses. Nesta semana, pelo menos três pessoas procuraram a Emater local para falar sobre o assunto. Uma delas, inclusive, levou o réptil até o escritório. O técnico agrícola, Edimar Segatto, comenta que nesta época, em que são registradas altas temperaturas, a população precisa ficar em alerta. Usar botas, vestimentas adequadas e olhar atento a cada passo são algumas das dicas.
Segundo Segatto, esta aparição está relacionada, muitas vezes, à recuperação ambiental. “Temos mais área verde, mais animais, como passarinhos e ratos, que são alimentos para as cobras. Isso faz com que elas se procriem com mais facilidade”, relata. Ele também atribuiu o aparecimento aos mecanismos adotados hoje nas propriedades rurais. “Anos atrás se notava que a terra era trabalhada com mais implementos, o que acabava terminando com as cobras que estavam na lavoura. Hoje, com o plantio direto, a palhada é como uma casa para estes répteis. Por isso, as pessoas precisam ter mais cuidados”, alerta.
UM DOS CASOS
No início desta semana, o morador de Dona Josefa Ilgo Claudério Bartz, de 56 anos, acabou picado por uma jararaca. Durante a tarde de segunda-feira, dia 16, ele foi conferir a plantação de cana de açúcar e em um momento inesperado foi atacado no tornozelo. Bartz conta que esta foi a primeira vez que foi picado por cobra e que a dor é muito forte. “Consegui caminhar da lavoura até em casa e vim procurar atendimento médico”, lembra. Ele deu entrada no Hospital Vera Cruz na segunda-feira e ficou internado durante toda a semana, recebendo medicamento e soro antiofídico. Uma infecção na perna direita – em que a cobra picou – deixou o agricultor por mais tempo no Hospital. “Se não tivesse dado infecção, provavelmente iria voltar para casa na quarta-feira”, comenta. O caso de Ilgo Bartz vem ao encontro do que o técnico agrícola apontou. Isto porque a cana de açúcar é um criador de ratos. Logo, a cobra é a principal predadora do rato.
Confira a matéria completa na edição do Jornal Arauto deste fim de semana.
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