Índice de aprendizado é desafio

A educação parece estar sofrendo retrocesso no que se refere ao aprendizado adequado por disciplina. Em um levantamento divulgado nesta quarta-feira, dia 18, pelo “Movimento Todos pela Educação”, as escolas públicas (rede municipal e estadual) de Vera Cruz têm deixado a desejar no cumprimento da meta, conforme os dados que foram coletados através da Prova Brasil e do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), em que são aplicados testes nas turmas com mais de 20 alunos do 5º e do 9º ano, nas disciplinas de Português e Matemática. 

As provas são feitas de dois em dois anos e nos últimos índices, o município tem tido desempenho abaixo da média traçada. Em 2015, quando a meta era de 50,4% para alunos do 9º ano, o resultado foi abaixo, com apenas 35,2%. Em 2013 a meta mais uma vez não foi atingida, bem como no ano de 2011, em ambas as disciplinas, alcançando 27,5% e 28,3%, respectivamente. Já o índice do 5º ano, que em 2011 e 2013 não atingiu a meta, que variou entre 54,2% e 58,8%, respectivamente, melhorou em 2015, quando o município conseguiu ultrapassar a meta de 63,3% alcançando 72,4% (os dados completos você confere no quadro abaixo). 

O secretário municipal de Educação, Cláudio Stoeckel, explica que os resultados das provas vêm sendo acompanhados e historicamente as metas do 5º ano vêm tendo um crescimento ou quando isso não ocorre se chega próximo à meta. Algumas escolas até chegam ou estão ultrapassando essa meta, segundo o responsável pela pasta. “Normalmente os alunos do 5º ano, por serem menores, têm um acompanhamento maior no processo de aprendizado”, salienta.

DO OUTRO LADO
Enquanto os índices apontam desafios no aprendizado, por outro lado, a rede pública de ensino conta com exemplos de que mesmo com as dificuldades é possível ensinar. Estudante de rede pública desde as séries iniciais, a vera-cruzense de 17 anos, moradora de Coxilha Mandelli, Érica Gabriela da Silva, confirmou nesta semana ter uma das notas mais altas entre os vera-cruzenses na redação do Enem, alcançando 960 pontos (9,6).

A jovem que relata ter prazer e o hábito da leitura, se surpreendeu com a nota. O resultado não veio à toa, ela conta que desde o 2º ano do Ensino Médio, os professores vinham trabalhando com redação, abordando diversas temáticas, a fim de estimular o senso crítico e argumentativo dos alunos. Além de praticar em sala de aula, Érica assistia a vídeos sobre como escrever um boa redação. O resultado não podia ser diferente. Dedicada ao mundo dos livros, hoje comemora a pontuação na redação. A mãe, Marli, e o pai, Ironildo Silva, enchem a boca para falar da filha, que é um orgulho e estudou a vida toda em escola pública.

Confira a matéria completa na edição deste sábado do Jornal Arauto