Polícia

Justiça acata pedido da polícia e mantém preso homem que tentou matar a ex atropelada

Publicado em: 29 de janeiro de 2025 às 15:33 Atualizado em: 29 de janeiro de 2025 às 21:50
  • Por
    Guilherme Bica
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    Perícia e depoimentos reforçam intenção dolosa do agressor, que descumpriu medida protetiva antes do ataque

    A Justiça acatou o pedido da delegada Ana Luisa Aita Pippi, que responde interinamente pela Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento de Santa Cruz do Sul, e converteu a prisão em flagrante de um homem acusado de tentativa de feminicídio em prisão preventiva. O crime ocorreu no Bairro Ana Nery, quando o agressor acelerou o carro contra sua ex-companheira, prensando-a contra um muro e arremessando-a a cinco metros de distância. A mulher segue internada desde o dia do atropelamento, ocorrido em 20 de janeiro.

    “Todas as provas apontam para uma ação dolosa. Testemunhas relataram que ele assumiu o volante e avançou contra a vítima intencionalmente, desconsiderando completamente as medidas protetivas que já haviam sido determinadas”, afirmou a delegada Raquel Schneider, titular da Delegacia da Mulher, que assumiu o inquérito após o registro feito pela delegada Ana Luisa. Raquel ressaltou que a perícia descartou falhas mecânicas no veículo, o que refuta qualquer possibilidade de falha automotiva que possa ter acarretado o atropelamento, assim reforçando o dolo na ação.

    A vítima, de 26 anos, havia registrado uma denúncia contra o agressor dois dias antes do crime e solicitado medidas protetivas, que foram violadas. A delegada destacou que a prisão preventiva é essencial para proteger a vítima e evitar novos episódios de violência. O caso segue em investigação, com a coleta de depoimentos e análises periciais complementares.

    A titular da Delegacia da Mulher reforça a importância de denunciar casos de violência doméstica e manter as autoridades informadas sobre qualquer descumprimento de medidas protetivas. “Evitar aproximações é fundamental, e o entorno da vítima deve estar atento e notificar as autoridades ao menor sinal de perigo”, concluiu Raquel.

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