Ao longo da investigação, foram coletadas e analisadas mais de 90 amostras de diferentes materiais
O Instituto-Geral de Perícias (IGP) desempenhou papel importante na elucidação do caso do bolo envenenado em Torres. Três pessoas morreram após o consumo do alimento, que continha altas doses de arsênio, e outras três precisaram de atendimento médico mas sobreviveram.
O caso foi registrado na véspera de Natal, com integrantes da mesma família. Com equipes multidisciplinares, foram realizadas necropsias, análises químicas e toxicológicas, para esclarecer os fatos e fornecer provas científicas essenciais para o andamento da investigação.
“Cada vez está mais longe alguém praticar um crime sem a perícia criminal descobrir. Nossos resultados são da ciência, e a ciência não mente. É muito importante conseguirmos dar uma resposta e sermos resolutivos. Os investimentos que ocorreram na perícia criminal pelo governo do Estado, tanto em recursos humanos, quanto financeiros demonstram o compromisso com a celeridade do trabalho pericial”, destaca a diretora-geral Marguet Mittmann.
A suspeita do crime está presa preventivamente, e irá responder por homicídios triplamente qualificados, além de três tentativas de homicídio. O quarto caso se refere ao sogro, que, após ter o corpo exumado pelo IGP, teve a comprovação da ingestão do veneno. A Polícia Civil investiga ainda se há mais vítimas e mais um corpo poderá ser exumado.
Conforme informações do IGP, os profissionais receberam, em um primeiro momento, materiais biológicos das vítimas que vieram a óbito. Foram analisados conteúdo estomacal, sangue e urina. As amostras apresentavam níveis muito altos de arsênio, sendo incompatíveis com alguma contaminação ambiental.
Com análises técnicas, a perícia confirmou que a farinha utilizada no preparo do bolo apresentava uma concentração de 65 gramas de arsênio por quilograma, cerca de 2,7 mil vezes maior do que a encontrada no próprio alimento. Ao longo da investigação, foram coletadas e analisadas mais de 90 amostras de diferentes materiais, contando com o trabalho integrado nas perícias de local de crime, necropsia, e exames químicos e toxicológicos.
Os sinais de envenenamento são bastante diversos, e depende do tipo da substância, via de administração, da quantidade, da idade, do peso corporal, condições de saúde dentre outras condições. Como exemplo, náuseas, vômitos, diarreia, dores abdominais, queimaduras, lesões em mucosas ou pele, alterações cardíacas, alterações respiratórias, alterações urinárias, salivação excessiva, entre tantas outras.
Nas situações de intoxicação são feitas análises periciais, que englobam a pesquisa de psicotrópicos e venenos tipicamente utilizados no Rio Grande do Sul, tanto em sangue quanto em urina, conteúdo estomacal e vísceras.
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