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Trump fala com líderes mundiais após gerar alarme com decreto anti-imigração

Publicado em: 29 de janeiro de 2017 às 07:01 Atualizado em: 19 de fevereiro de 2024 às 11:49
  • Por
    Bruna Lovato
  • Fonte
    Agência Brasil
  • Foto: Divulgação
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    Nas conversas ele irá explicar suas novas políticas contra refugiados e imigrantes

    Após uma semana como presidente, Donald Trump falou neste sábado (28) por telefone com vários líderes mundiais, em meio a um crescente alarme internacional gerado por seus anúncios para limitar a imigração de muçulmanos nos Estados Unidos. As informações são da Agência France Presse.

    Trump tem previsto se comunicar com vários líderes estrangeiros: o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe; a chanceler alemã, Angela Merkel; o presidente russo, Vladimir Putin; o presidente francês, François Hollande; e o primeiro-ministro australiano, Malcolm Turnbull.

    Essas conversas darão a Trump uma oportunidade de explicar suas novas políticas contra refugiados e imigrantes, que causaram comoção em grande parte do mundo, em particular o seu decreto para frear temporariamente as chegadas de refugiados e a imposição de controles estritos para viajantes de sete países muçulmanos.

    Estas ligações também lhe permitem começar a construir vínculos com Estados que são tradicionais aliados dos Estados Unidos, assim como com a Rússia, país com o qual Trump afirmou estar disposto a melhorar as relações durante seu mandato.

    "Investigações extremas"

    A medida sobre a imigração muçulmana cumpre com uma das promessas mais polêmicas da campanha, quando Trump disse que ia frear a imigração de cidadãos de vários países muçulmanos que, segundo ele, são uma ameaça terrorista para os Estados Unidos, e submeter viajantes estrangeiros dessas nações a "investigações extremas".

    "Isso é muito importante", disse o presidente na sexta-feira, no Pentágono, depois de assinar a ordem executiva intitulada "Proteção da nação contra a entrada de terroristas estrangeiros nos Estados Unidos".

    O decreto suspende o programa americano de acolhida de refugiados durante, pelo menos, 120 dias, enquanto se concretiza o futuro sistema de verificação de vistos. Também proíbe a entrada nos Estados Unidos de viajantes procedentes de países de maioria muçulmana – Irã, Iraque, Líbia, Somália, Sudão, Síria e Iêmen – durante 90 dias.

    Os novos protocolos "asseguram que os refugiados aprovados para admissão não supõem nenhuma ameaça para a segurança e o bem-estar dos Estados Unidos", mas vetam especificamente os refugiados sírios indefinidamente ou até que o presidente decida que já não são uma ameaça.