Presente em 497 municípios gaúchos, a Emater/RS-Ascar conta hoje com 1.745 profissionais de diversas áreas
O dia 6 de dezembro é uma data especial, pois é quando o Brasil celebra o início da atuação de profissionais sensibilizados e comprometidos com a melhoria da qualidade de vida no meio rural. Seja produzindo ou qualificando sua permanência na terra, os agricultores e pecuaristas familiares, bem como pescadores, assentados e as comunidades tradicionais indígenas e quilombolas, têm na Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) um serviço gratuito e continuado de educação não formal, de amparo e apoio para acreditar e investir em seus sonhos e projetos.
A data foi escolhida para ser o Dia Nacional da Extensão Rural porque em 1948 foi criada a primeira instituição de extensão rural no Brasil, a Associação de Crédito e Assistência Rural (Acar), hoje Emater/MG. Ao longo das décadas de 1950 e 1960, foram criadas nos estados as associações de crédito e assistência rural (Acar), coordenadas pela Associação Brasileira de Crédito e Assistência Rural (Abcar), instituída em 21/06/1956. As Acar eram entidades civis, sem fins lucrativos, que prestavam serviços de extensão rural e elaboração de projetos técnicos para obtenção de crédito junto aos agentes financeiros.
A inclusão da função de Extensionista Rural no nome da data ocorreu anos depois, em março de 2011, tornando-se então Dia Nacional da Extensão Rural e do Extensionista Rural, valorizando assim esse importante agente de mudanças e ações que buscam garantir o bem-estar social, a geração de emprego e renda no campo e o desenvolvimento rural de forma sustentável. Hoje, de acordo com a Associação Brasileira das Entidades de Assistência Técnica e Extensão Rural, Pesquisa Agropecuária e Regularização Fundiária (Asbraer), existem 5.096 unidades no Brasil, que atendem cerca de 2 milhões de propriedades rurais.
No Rio Grande do Sul, a Associação Sulina de Crédito e Assistência Rural (Ascar), foi criada em 02 de junho de 1955. Desde 1977, a Emater/RS atua em conjunto com a Ascar, tornando-se referência no Brasil na prestação de Assistência Técnica e Extensão Rural e Social (Aters). Presente em 497 municípios gaúchos, a Emater/RS-Ascar conta hoje com 1.745 profissionais de diversas áreas. Em 2023, a Instituição atendeu, sem repetição, 196.979 famílias que vivem no meio rural do RS e, até o último dia 03 de dezembro, 200.614 famílias, também sem repetição. Até o final de 2024, o total de famílias rurais, assistidas de forma gratuita e continuada pela Extensão Rural e Social do Estado, não deve ter alteração expressiva desse número.
Com foco no Social, essas famílias são atendidas pela Extensão Rural para o empoderamento e a autossuficiência/autonomia, valorizando a diversidade cultural e étnica do Estado, ou seja, dos povos e comunidades assistidos pela Emater/RS-Ascar.
Através da formulação e execução de políticas públicas, a Aters prestada pela Emater/RS-Ascar busca orientar os agricultores em sistemas de produção sustentável de baixo impacto ambiental. Isso é ainda mais evidente nos dias atuais, frente às dificuldades que surgem pelas mudanças climáticas e que prenunciam maior dedicação e comprometimento do saber/fazer extensionista. Mais do que profissão, ser extensionista é uma vocação, é um ideal, cuja causa maior é a melhoria da qualidade de vida das famílias e comunidades rurais.
Transformação
“O trabalho do extensionista rural é transformador”, avalia a chefe da Assessoria de Assistência Social da Emater/RS-Ascar, Elisângela Froelich. “A atuação desse agente de desenvolvimento vai além da sua formação, adentra a casa dos agricultores, dos pecuaristas familiares, dos indígenas, dos quilombolas, dos pescadores artesanais e faz uma escuta ativa. Essa acolhida no escritório ou na própria propriedade da família faz toda a diferença no trabalho da Extensão”, diz a extensionista.
As fortes chuvas que ocorreram sobre o Rio Grande do Sul em maio deste ano comprovam que os desafios enfrentados, cada vez mais frequentes e intensos, atingindo os meios urbano e rural. Os extensionistas da Emater/RS-Ascar se dedicam com empatia e resiliência a socorrer e acolher de forma rápida e altruísta na guarida das famílias atingidas, garantindo com criatividade e rapidez o abastecimento, tanto das pessoas que sofriam pelos alagamentos, como pelas que auxiliavam no resgate e agora na reconstrução, e dos consumidores em geral.
Isso comprova que a Emater/RS-Ascar trabalha com as políticas agrícola e de assistência social. “Enquanto a política agrícola tem o olhar sobre os sistemas produtivos e como garantir renda para o agricultor se manter no campo, a de assistência social faz essa acolhida, essa escuta ativa, na perspectiva da defesa e garantia de direitos e na manutenção de seu modo de vida”, analisa Elisângela. Nesse sentido, a Emater/RS-Ascar trabalha com os programas socioassistenciais Semeando no Suas (Sistema Único de Assistência Social), com ações de formação e capacitação dos agricultores para se manterem no espaço rural; e o Famílias e Suas Ruralidades, onde a Instituição atua nos diferentes espaços e ruralidades típicas das diversas regiões do Estado.
Adaptações
“Neste Dia Nacional da Extensão Rural e Dia do Extensionista Rural, quero registrar o meu agradecimento e parabenizar a todos por esse lindo trabalho, levando para os agricultores, para as famílias do meio rural, informações, a orientação para a geração de renda, a qualidade de vida e a sustentabilidade. Nós, da Emater do Rio Grande do Sul, estamos muito felizes com todo esse contexto e esse cenário de desenvolvimento que temos com várias entidades, junto com o Governo do Estado, através das secretarias da Agricultura e do Desenvolvimento Rural, podendo levar a orientação e a qualificação aos nossos agricultores, fruto do empenho e da dedicação de cada um dos nossos extensionistas, que atuam com muita firmeza e muito conhecimento em prol da agricultura gaúcha”, é a mensagem do presidente da Emater/RS, Luciano Schwerz.
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