Programa prevê o cruzamento de dados da matrícula escolar com a caderneta de vacinação para incentivar a proteção ao HPV
Para ampliar os índices de vacinação contra o HPV, que é uma das estratégias para a erradicação do câncer de colo do útero para a próxima geração, foi criado pelo governo gaúcho o programa Imuniza Escola, a partir de um encaminhamento da médica Denise Müller, junto à Associação de Prevenção do Câncer de Colo do Útero, a Apcolu. O programa vem sendo desenvolvido em Porto Alegre e em breve, deve chegar a Santa Cruz, o primeiro município do interior do Estado, a partir de um acordo de cooperação assinado pela Secretaria Municipal da Saúde e Secretaria Estadual da Saúde. Para celebrar essa conquista, a médica Denise Mueller, a promotora da Infância e Juventude, Danieli Coelho, e o ex-secretário de Saúde, que firmou o termo na época, Daniel Cruz, reuniram-se no Ministério Público na noite desta terça-feira (5).
Os dados do Imuniza Escola permitem, a partir de um cruzamento de informações da matrícula escolar com o Programa Nacional de Imunizações, que a escola sinalize à família quando existe o atraso ou os pais não lembraram da vacina do HPV, que protege contra o câncer. Segundo Denise, esse programa “representa a chance de vivermos em um mundo com menos câncer em nossas vidas, pois além do câncer de colo do útero, a vacina previne contra outros cinco tipos de cânceres que todos os anos são diagnosticados em homens e mulheres na vida adulta”, frisou a médica.
Ela reiterou que quando o programa efetivamente chegar na casa das famílias santa-cruzenses, e para isso, mais de 1.000 cartas devem ser distribuídas para estudantes da rede pública de ensino, que as famílias acolham a informação e não deixem de oferecer essa proteção aos seus filhos, que está disponível gratuitamente nos postos de saúde para crianças e jovens entre nove e 14 anos em dose única, e é oferecida também em clínicas privadas dos nove aos 45 anos.
Haverá um trabalho em conjunto das Secretarias e do Ministério Público para acompanhamento de todas essas recomendações. Em caso de recusa das famílias para fazer a vacinação contra o HPV, o Ministério Público vai trabalhar num plano de conscientização. “Um futuro com menos câncer é o que nos une”, destacou a médica.
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