Brigada Militar

Desavenças estão entre os principais motivadores de homicídios em Santa Cruz

Publicado em: 27 de setembro de 2024 às 12:30 Atualizado em: 27 de setembro de 2024 às 13:05
  • Por
    Kássia Machado
  • Foto: Grupo Arauto
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    O coronel Giovani Paim Moresco falou sobre os indicadores de mortes registrados no município

    O aumento dos casos de homicídios registrados em Santa Cruz do Sul tem chamado à atenção da comunidade. Em agosto, num período de 10 dias, quatro pessoas foram assassinadas no município. O caso mais recente ocorreu no Centro da cidade, resultando na morte de Cristian Alan dos Santos Carvalho, de 17 anos, e Maria Cristina dos Santos, de 54 anos, mãe e filho, respectivamente.

    O comandante do Comando Regional de Polícia Ostensiva do Vale do Rio Pardo (CRPO/VRP), coronel Giovani Paim Moresco, destaca que as desavenças estão entre os principais causadores de assassinatos no município. “Temos o registro de 14 homicídios consumados, com os mais variados motivos. Um que nos chama mais atenção é o motivo das desavenças, também conhecido como ‘rixa’, mas que envolve o mesmo contexto social. Ocorre de as pessoas não se aceitarem em determinado momento e culminarem, como foi, possivelmente, em casos recentes, com uso de disparos de arma de fogo, caracterizando assim, um homicídio”, explica.

    Moresco ressalta que o cenário é preocupante. Segundo ele, apesar de o termo “homicídio” ser popularmente associado ao tráfico, este não é o maior causador no caso de Santa Cruz. “Aqui temos motivos passionais, desavenças e motivos desconhecidos. E, pela análise da Brigada Militar, para efeitos de prevenção, apenas quatro casos envolveram o tráfico”, revela.

    Em relação ao aumento de homicídios na cidade, Moresco destaca o trabalho de segurança da Brigada Militar e faz uma reflexão sobre os motivos que estão levando às mortes. “O que está acontecendo com as pessoas para que sejam levadas a resolver suas desavenças tirando a vida de outra pessoa? Isso nos traz uma preocupação. Precisamos ter uma consciência estratégica do que estamos apostando no presente para podermos plantar um futuro melhor. E isso precisa ser realizado pela sociedade como um todo”, considera.