SANTA CRUZ

Associação Meninas do Basquete desenvolve o esporte feminino na região

Publicado em: 22 de setembro de 2024 às 07:31
  • Por
    Emily Lara
  • Foto: Eduardo Wachholtz/Grupo Arauto
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    Fundada em 2020, a AMB já conta com mais de 60 meninas, com idades entre 9 e 17 anos

    A Associação Meninas do Basquete (AMB), de Santa Cruz do Sul, é um projeto voluntário que tem o objetivo de desenvolver o esporte feminino na região. Fundada em 2020, a AMB já conta com mais de 60 meninas, com idades entre 9 e 17 anos.

    Em entrevista ao Grupo Arauto, a coordenadora Karina Knak explicou que a AMB trabalha com foco nas categorias sub-12, sub-14, sub-15 e sub-17, além de contar com uma escolinha que visa não apenas o aprendizado técnico do basquete, mas também o desenvolvimento de habilidades. “Começa mais com um trabalho social e educativo, visando coordenação motora, manejo de bola, forma de trabalhar em equipe, raciocínio rápido e, conforme a evolução das meninas, a gente vai levando elas para as competições”, detalhou.

    Atualmente, a AMB é o maior projeto de basquete feminino em número de participantes no Rio Grande do Sul. Recentemente, o grupo celebrou grandes conquistas, incluindo títulos no Campeonato Estadual nas categorias sub-12, sub-13 e sub-17, além do inédito troféu no Sul Brasileiro de Clubes. “Um título inédito para a nossa cidade. Acho que pelo menos há mais de 10 anos o Rio Grande do Sul não alcançava um título desses, e que nos traz muita alegria”, expressou.

    A divulgação do projeto é feita nas escolas, onde a equipe visita educandários para apresentar e explicar a iniciativa às alunas. Porém, Karina destacou que o sonho da AMB é integrar o projeto ao currículo escolar, permitindo que mais meninas desenvolvam suas habilidades dentro das escolas e, através dali, sejam selecionadas para os campeonatos. “Mas daí já envolve muitas parcerias e professores. No momento a gente não tem como estar trabalhando com isso”, disse.

    Além do conhecimento esportivo, a AMB ensina às atletas que o basquete é uma porta de entrada para oportunidades de estudos. “No feminino hoje a maior vantagem realmente é estudar fora. O basquete feminino profissional no Brasil não te traz tantas vantagens quanto a oportunidade de estudar na Europa ou nos Estados Unidos. E a gente trabalha muito isso com elas”, ressaltou Karina.

    As atletas da AMB também compartilharam suas experiências durante a entrevista. Luisa Backes, integrante da equipe sub-12, participa desde abril do ano passado do projeto. “Eu gosto muito dos treinos. Eu acho que eu evoluí muito desde o ano passado, por causa dos treinos. A diferença a gente consegue ver na evolução. O treino é muito importante”. Ela sonha em jogar fora do Brasil, especialmente em países com forte tradição no basquete feminino, como Estados Unidos e Espanha. “Com certeza eu acho que essa experiência é o que todo mundo quer”, completou.

    Ana Alberton, também da sub-12, se interessou pelo basquete nas aulas de educação física e foi convidada por uma amiga a se juntar à AMB. “Eu acho um projeto muito legal, que incentiva muito as meninas, já que o basquete feminino é bem difícil”. Ela também tem o desejo de jogar profissionalmente fora do país e ser reconhecida pelo seu talento.

    Já Amanda Peiter, jogadora da sub-14, sonha em conquistar uma bolsa de estudos no exterior através do basquete. “Eu ficaria muito feliz se eu conseguisse, porque me dedico muito nos estudos e também no basquete. Uma bolsa pelo basquete seria a prova de que eu consegui e seria muito importante para mim isso”, revelou.

    A época de seleção iniciou. As atividades da Associação Meninas do Basquete ocorrem todas as quintas-feiras, na Sociedade Ginástica, na Rua 28 Setembro, 227, das 9h às 19h, onde meninas interessadas podem participar de aulas experimentais. Para mais informações, acesse a conta @ambsantacruz no Instagram.