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“Já fui essa criança que olhava os medalhistas olímpicos e me inspirava”, diz Rafael Macedo

Publicado em: 14 de setembro de 2024 às 14:59 Atualizado em: 14 de setembro de 2024 às 17:11
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    Portal Arauto
  • RAFAEL MACEDO EXIBIU SUA MEDALHA CONQUISTADA EM PARIS | GRUPO ARAUTO
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    Judoca que levou o bronze por equipes nos Jogos Olímpicos de Paris abrilhantou a Copa AJUSC na tarde deste sábado

    Na tarde deste sábado (14), ao realizar a 1ª Copa de Judô AJUSC – Cidadãos do Futuro, a Associação de Judô de Santa Cruz do Sul (AJUSC) trouxe o medalhista olímpico Rafael Macedo, bronze por equipes, em Paris, para interagir com cerca de 300 crianças e familiares presentes no Ginásio Poliesportivo (Arnão). O paulista que treina na Sogipa, em Porto Alegre, e vive há mais de uma década no Estado, se diz “meio gaúcho”, pois adotou o Estado como lar, foi onde casou e onde sua carreira deslanchou. Mas participar de eventos como esse, ele valoriza porque reconhece seu próprio início, quando tinha cinco anos de idade. “Já fui essa criança que olhava os medalhistas olímpicos e me inspirava, queria ser como eles, queria conquistar isso também. E hoje poder ser essa referência é muito especial, é uma responsabilidade mas é muito especial e quero inspirar o melhor que elas podem fazer na vida delas”, disse.

    Rafael começou pequenino, aos cinco anos, numa academia de bairro, “como toda criança, agitada, que precisava de disciplina. Porque o judô é muito mais do que um esporte, tem toda uma filosofia envolvida”, explica, lembrando que a paixão vem de família, pois tem o pai faixa preta no judô, que o incentivou desde criança. Foi tomando gosto e o amor pelo esporte foi crescendo.

    Tanto que chegou nas Olimpíadas. Aliás, sua segunda participação nos jogos. Em Tóquio acabou não conquistando nenhuma medalha, mas agora, em Paris, integrou a equipe mista que conquistou o bronze, uma medalha inédita por equipes no esporte que já é tão consagrado no Brasil. “Mostra a força do judô no nosso país e mostra como é possível e que não é distante, está dentro da nossa realidade”, disse.

    Lições para a vida

    No esporte a gente vive mais derrotas do que vitórias. “A gente perde mais lutas do que ganha. São essas derrotas que vão formando nosso caráter, nossa resiliência, nossa persistência. As derrotas não podem ser algo que te frustrem, te coloquem para baixo, mas um combustível para dar a volta por cima. E isso vale para a vida. Vão ter obstáculos, pedras no caminho,  mas são coisas possíveis de superar e dar a volta por cima”, sublinha.

    Justamente para ser um exemplo e uma inspiração para os jovens atletas santa-cruzenses que a Copa AJUSC proporcionou esse momento ímpar com o atleta Rafael Macedo. Além da Copa de Judô AJUSC, o sábado propicia um festival voltado para as crianças do projeto terem um primeiro contato com um ambiente de competição. Para o presidente da AJUSC, Geremias Marques, é refletir o exemplo de Rafael como inspiração para a vida dessas crianças seu grande objetivo. Muitas delas vivem em um ambiente também de vulnerabilidade social, onde as boas referências às vezes são escassas. O projeto da AJUSC hoje conta com 11 polos, espalhados pelos bairros de Santa Cruz, com atendimento gratuito. Uma aula de esporte, inclusão social e cidadania.

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