Os serviços de saúde são voltados à população trans
O Ambulatório Multiprofissional de Atenção à Saúde da População LGBTQIAPN+ (Ambitrans) da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) agora oferece atendimento médico para hormonioterapia, além de outros serviços de saúde voltados à população trans. Os agendamentos já podem ser feitos.
O coordenador do Ambulatório, professor Eduardo Saraiva, explica que o Ambitrans existe desde 2019, é um projeto de extensão da Universidade que visa pensar e ter práticas e ações efetivas no campo da saúde, mais especificamente para a população LGBTQIAPN+. “O atendimento, o acolhimento é feito à população de várias faixas etárias, adolescentes, adultos, idosos. Hoje temos recebido também muitas crianças que já se identificam com outro gênero”, fala.
Por meio do atendimento psicológico, o paciente pode ser encaminhado para o ambulatório de psiquiatria. Há atendimentos individuais e/ou em grupo. “Nós já sabíamos que, principalmente a população trans, tem interesse na hormonioterapia para o processo de transição. Conseguimos a inserção de uma médica de família, professora do Curso de Medicina da Unisc, Graziela Melz, já que hoje a Medicina de Família tem vários protocolos também para acompanhar o paciente nesse tratamento.”
Demandas de atendimento
O professor Eduardo ressalta que o serviço já vem recebendo atendimento de pessoas de outros municípios. “Vem se constituindo uma equipe preparada para acolher, receber, acompanhar e respeitar. Os pais também apresentam muitas dúvidas em relação aos seus filhos e filhas, tanto adolescentes quanto crianças trans. Também recebemos demandas de agressões e violências sofridas, por exemplo, adolescentes que nos procuram, porque a convivência social, a convivência escolar está difícil, então eles procuram como um espaço para fala, fortalecimento, e para conhecerem também outras pessoas, às vezes outros jovens, outros adolescentes, para a rede de apoio e de convivência. Ainda, demandas de pessoas em sofrimento por quererem ou estarem em dúvida sobre o processo, se é gay, se é lésbica, se é trans, então também é um espaço para elas se autoconhecer, ou seja, são demandas de várias ordens”, explica.
Além de atendimento com uma médica de família, o Ambitrans tem o professor Eduardo como psicólogo, duas estagiárias de Psicologia, bolsistas do Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET-Saúde) que são alunos da Medicina, da Farmácia, da Comunicação Social e Psicologia, e mais profissionais do Serviço Integrado de Saúde (SIS), local este em que o Ambitrans fica sediado, no bloco 32 da Unisc.
O serviço é gratuito e o agendamento para atendimentos pode ser feito pelo WhatsApp (51) 9 9999-4852. Mais informações também pelo Instagram @ambitransunisc .
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