Estrutura foi instalada há 25 anos em Linha Estrela, interior de Venâncio Aires
As equipes técnicas das secretarias de Meio Ambiente e de Planejamento e Urbanismo estão desenvolvendo um projeto para a reestruturação da Usina de Triagem, instalada em Linha Estrela, em Venâncio Aires. As inovações incluem melhorias tanto na infraestrutura quanto na metodologia de trabalho. “O objetivo é aumentar a eficiência na triagem e no transbordo dos resíduos, possibilitando um aproveitamento mais efetivo dos materiais recicláveis”, destaca a secretária de Meio Ambiente, Carin Gomes.
Em fevereiro deste ano, o governo municipal rescindiu o contrato com a CRC Cooperativa de Catadores dos Vales do Taquari e Rio Pardo Ltda que era responsável pela administração da Usina de Triagem de Linha Estrela. Entre os principais motivos para a rescisão, estavam a baixa produtividade na triagem e preocupações com a segurança dos trabalhadores. “Portanto, este é o momento estratégico para planejar e implantar um sistema que atenda a realidade atual e que possa suprir as necessidades futuras do município por cinco, 10 ou até 15 anos”, afirma Carin.
Conforme a secretária, após a rescisão do contrato, o município realizou um diagnóstico detalhado da área da usina de triagem para avaliar a eficiência dos serviços e os impactos da produção de resíduos no Município. A análise foi essencial para nortear as decisões dos gestores, que optaram por investir na reestruturação da central de triagem ao invés da retomada imediata das atividades. “O município se desenvolveu muito nos últimos 20 anos e a produção de resíduos cresceu de forma significativa e a estrutura da usina, que já possui cerca de 25 anos, não comportava mais de maneira eficiente o volume crescente de resíduos gerado pela população”, destaca Carin.
Ela também explica que a produtividade da triagem estava abaixo do acordado. “O contrato estipulava que a cooperativa deveria reciclar pelo menos 10% do total de resíduos recebidos mensalmente. No entanto, em 2023, o percentual médio de triagem foi de apenas 6,07%, e a meta não foi alcançada na maioria dos meses. Esse desempenho gerou um acúmulo significativo de resíduos no local”, ressalta. Desde a rescisão do contrato, os resíduos estão sendo encaminhados diretamente para o aterro sanitário em Minas do Leão. “Quando a cooperativa ainda estava em operação, os resíduos já eram enviados ao aterro, já que a taxa de reciclagem por parte da cooperativa é baixa. Agora, todos os resíduos são enviados ao aterro, mas a meta é melhorar os índices de reciclabilidade no futuro”, conclui Carin.
A secretária estima que o novo projeto será apresentado nos próximos meses e assim, logo inicie a reestruturação do sistema.
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