Após acidente envolvendo um Bitrem, que atingiu sete cavalos e cinco morreram, representantes destacaram risco e responsabilização
O acidente na ERS-412, em Vera Cruz, no início da manhã desta quinta-feira (22), quando um Bitrem atingiu sete cavalos, sendo que cinco morreram, ainda repercute. Na Arauto News desta sexta-feira (23), foram entrevistados os diretores da ONG Cavalo de Lata, de Santa Cruz do Sul, Jason Duani Vargas e Ana Paula Knak, para relatarem o episódio.
“Acho que foi a cena mais forte que enfrentamos nesses anos de atividades”, resumiu Jason, em mais de uma década de atuação da ONG. Eles foram acionados pelo Comando Rodoviário Estadual, ao amanhecer, numa estrada com pouca iluminação e fluxo intenso de veículos.
Havia sete animais soltos, animais perto da pista, era tragédia anunciada, declarou Ana Paula, destacando que é preciso redobrar o cuidado dos proprietários para manter os animais longe da rodovia e evitar os riscos de acidente.
Jason relata que três animais morreram na hora da colisão e outros dois com fratura exposta foram submetidos à eutanásia. Dos sobreviventes, um cavalo sofreu luxação e outro saiu ileso. “A estrada realmente não tem boa sinalização, tem muito mato quase invadindo a pista. Mas todos que têm noção de caminhão, sabem. Podia estar a 60 quilômetros por hora, pela inércia, um Bitrem não tem como parar ou desviar, é muito pesado, 100 metros para um veículo desses não é nada”, destaca.
E se fosse carro ou moto?
O representante da ONG frisou que desconhece o contexto do acidente, mas sabe que o cavalo é racional, ele se assusta e sai correndo. Com a colisão, o motorista do veículo não se feriu, além dos cavalos, houve apenas danos materiais. “Graças a Deus não morreu ninguém, mas se tivesse uma moto ou carro?”, questiona, considerando que os cavalos são animais de grande porte e o impacto poderia ter trazido outro resultado.
A problemática dos animais soltos deve ser encarada de frente e com responsabilização, acredita ele. Só em Santa Cruz – município com quem a ONG Cavalo de Lata possui convênio – são pelo menos 120 chamados ao ano para o recolhimento de animais e 90% deles não são maus tratos, são porque estão soltos em via pública, oferecendo risco, argumenta.
“Multiplica esse risco pelos chamados em cada cidade. Risco aos animais e à vida humana. Esses animais de grande porte precisam estar na zona rural”, declara. Ele acredita ainda que seria preciso a responsabilização. Só no episódio ocorrido nesta quinta-feira, houve perda de vidas de animais e danos ao caminhão.
Toda a ação mobilizou cerca de 20 pessoas trabalhando na cena até a liberação da pista novamente. Bombeiros, Polícia Rodoviária, Secretaria de Obras e Agricultura de Vera Cruz se somaram à ONG, que depois disso já teve mais animais soltos para recolher na vizinha Santa Cruz, trabalho permanente e que, portanto, requer conscientização.
Não é um caso isolado esse que ocorreu em Vera Cruz. Recentemente houve acidente, com morte de motociclista após colidir contra um cavalo, na Serra Gaúcha. Em maio, uma jovem também morreu após colisão contra um cavalo, no interior de Venâncio Aires. E em diversas oportunidades chegam relatos a Reportagem de animais soltos às margens das rodovias, como na BR-471, próximo da Havan, em Santa Cruz do Sul, assim como na Capital do Chimarão, na RSC-453, nas proximidades do trevo de acesso ao bairro Batistti.
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