Se uma pessoa tiver contato com animal contaminado, pode desenvolver, no máximo, conjuntivite, explica Michele Berselli
Após a confirmação da doença de Newcastle (DNC) em um estabelecimento de avicultura comercial de corte no município de Anta Gorda, no Vale do Taquari, o assunto veio à tona para explicar os riscos de contaminação que apresenta. O Arauto News entrevistou a professora do curso de medicina veterinária da Unisc, Michele Berselli, que frisou que a doença é muito infeciosa para as aves e causa mortalidade muito elevada.
Já o humano que tiver contato com a ave contaminada, pode, no máximo, desenvolver uma conjuntivite, destaca Michele Berselli.
A educadora explica que a Newcastle traz sintomas parecidos com influenza viária, às vezes as aves não conseguem ficar de pé, têm o pescoço torto, podem ter ovos deformados. São geralmente sintomas que envolvem sistema nervoso, respiratório e digestivo. “Pode causar morte súbita e não tem tratamento, se espalha rapidamente. Precisa ser identificada e notificada rapidamente aos serviços”, complementa Michele. Uma vez que a doença está presente, é preciso sacrificar todos os animais, pois não é possível tratar, sublinha ela.
Na economia, a doença causa impacto significativo na produção de aves, tanto de postura quanto de corte. “Como temos avicultura no Brasil muito bem estabelecida, temos que ter controle de doenças que são causadoras de impactos econômicos importantes. Nós não temos notificação dessa doença desde 2006, pois há controle rigoroso e podemos usar estratégias de proteção para evitar que as aves tenham contato com esse vírus”, diz.
Com os sinais, o controle é ativado imediatamente, acrescenta a professora universitária. Existe um plano de contingência para esses tipos de doença: dentro de 24 horas o serviço veterinário deve ir à propriedade fazer a investigação, se detectar que há a suspeita, coleta material, pode ser interditada a propriedade e se investiga até um raio de 10 quilômetros se não há mais áreas doentes, para conter os focos.
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