Crime ocorreu em 14 de novembro de 2014, no quilômetro 123 da RSC-287, em Vale do Sol
Ocorre no dia 29 de julho, o júri por um crime registrado há quase dez anos, que comoveu e marcou a região. Um homem enfrentará a acusação de ter sido autor de um acidente que matou três pessoas. O caso ocorreu em 14 de novembro de 2014, no quilômetro 123 da RSC-287, em Vale do Sol.
A fatalidade tirou a vida de Hugo Morsch, de 75 anos, Herta Glicéria Morsch de 75 e Vitória Terezinha Morsch, de 49. A colisão ainda deixou feridos Jorge Antônio dos Santos, na época com 51 anos e Ana Luiza dos Santos, 13 anos naquela época. O Volkswagen Gol que a família estava foi atingido por um Chevrolet Vectra.
Segundo a investigação da Polícia Civil, o condutor do Vectra estava em alta velocidade, teria invadido a pista contrária, e ainda estaria sob o efeito de bebida alcoólica. Ele foi indiciado por triplo homicídio, lesão corporal grave e lesão corporal gravíssima, com dolo eventual. A sessão de julgamento será presidida pelo juiz substituto da comarca de Vera Cruz, Guilherme Roberto Jasper, com início marcado para as 9h30min.
Um dos advogados que vai atuar como assistente de acusação, representando parte dos familiares das vítimas, Rafael Staub, participou do Direto ao Ponto, na Arauto News e detalhou a preparação para o julgamento.
Staub revelou que as provas coletadas durante um processo são fundamentais para a decisão de um julgamento. Neste caso de 2014, o exame de urina constatou a embriaguez do motorista. “A prova fundamental, querendo ou não, é o exame. E o exame, pelo o que a gente verifica, ele consentiu em fazer. Além do mais, existem outros aspectos que as testemunhas informaram, que ele andava em zigue-zague, fazendo essa manobra brusca sem chance da outra parte poder desviar. E existe também informações de testemunhas que ele estava balbuciando e com o hálito de ter ingerido álcool. São questões que demonstram que a causa da fatalidade, no meu ponto de vista, foi a ingestão de bebida alcoólica de um índice muito elevado”, disse.
O profissional destacou ainda que o júri será longo, podendo durar um dia inteiro. “Estamos preparados. A gente já vem acompanhando há cerca de dez anos. É uma luta em prol da familia, acima de tudo, mas também em prol da sociedade. Eu sei que a gente pode, às vezes, normalizar a ingestão da bebida e dirigir, mas a partir do momento que tu assume o risco, tu tem que obviamente responder pelas consequências. Estamos buscando a justiça. A gente quer o cumprimento da lei”, concluiu.
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