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Defasagem da tabela SUS é uma das dificuldades enfrentadas pelo Hospital Santa Cruz

Publicado em: 03 de julho de 2024 às 09:50
  • Por
    Mônica da Cruz
  • Conforme ele explica, o HSC é um hospital regional, que atende a 8ª e a 13ª Coordenadorias Regionais de Saúde | Foto: Eduardo Wachholtz/Grupo Arauto
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    Dados foram apresentados pelo presidente da Apesc, responsável pela administração da casa de saúde, Rafael Henn

    Em entrevista ao Grupo Arauto, o presidente da Associação Pró-Ensino em Santa Cruz do Sul (Apesc), responsável pela administração do Hospital Santa Cruz (HSC), Rafael Henn, falou sobre a situação financeira da instituição e do trabalho que vem sendo realizado.

    Conforme ele explica, o HSC é um hospital regional, que atende a 8ª e a 13ª Coordenadorias Regionais de Saúde (CRS). Ao todo, são 25 municípios atendidos, o que corresponde a mais de 500 mil pessoais. Em 2023, a casa de saúde realizou 83,6% de seus atendimentos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). No entanto, a tabela SUS, conforme aponta o gestor, está defasada.

    “O tema é importante e estamos tendo muita responsabilidade ao tratar deste assunto. É sabido, também, que no Brasil inteiro os hospitais filantrópicos, que têm um alto percentual de atendimento SUS, estão com grandes dificuldades porque a tabela SUS, na maioria dos procedimentos e áreas de referência, há mais de 20 anos não possui um reajuste”, detalha.

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    Diante disso, de acordo com Henn, há um déficit entre o que é repassado pelo SUS e o valor do custo do procedimento. O profissional salienta que outro ponto que agravou a situação foi no pós-pandemia, quando houve aumento expressivo no valor de diversos documentos.

    Para auxiliar o Hospital Santa Cruz a buscar o equilíbrio financeiro, a Apesc contratou, no ano passado, uma auditoria especializada em SUS. “Ali eles levantaram quanto que o SUS, a área federal paga. Isso porque o financiamento da saúde é tripartite, é da União, Estado do Rio Grande do Sul e do município de Santa Cruz. É importante frisar que o município paga exatamente dentro do que a legislação exige, até um pouco acima. Mas a área federal e a área estadual, muitas vezes, estão abaixo.”

    A partir dos dados apontados na auditoria, segundo Henn, foi montado um plano de ação. Este compilado de informações será levado ao Ministério Público, para que haja conhecimento e transparência dos fatos.

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    Apesar da situação, o presidente da Apesc salienta que as atividades do Hospital Santa Cruz seguirão ocorrendo normalmente. “Nós apenas queremos promover um debate com a comunidade para buscar alternativas na busca pelo equilíbrio das contas da instituição. Porque se há uma defasagem nos procedimentos da tabela SUS, quanto mais nós fazermos procedimentos, maior é o déficit gerado anualmente. E isso tem que ser equilibrado. O objetivo da Apesc e do Hospital Santa Cruz é promover um debate em busca de  alternativas”, reforça.