Ajudar é um ato de amor e generosidade e não deve esperar nada em troca. Nem sempre aquilo que ofertamos volta igual. Precisamos estar de mente e coração abertos para olhar a dor do outro.
Ajudar uma pessoa ou uma família necessitada é um ato de generosidade e empatia que pode ter um impacto profundo. Quando decidimos emprestar algo a alguém que precisa, devemos estar cientes de que o objeto emprestado pode não voltar exatamente como estava inicialmente, e isso é perfeitamente normal.
Infelizmente vi diversas pessoas ajudando por obrigação e não por amor. Vi pessoas acolhendo desabrigados e que na saída dos mesmos, exigiu até mesmo móveis novos devido ao uso de apenas poucos dias.
Quando ajudamos uma pessoa ou família necessitada temos que ter a consciência de que corremos o risco de sermos desapontados e está tudo bem. O ato de ajudar é divino e para tanto tem que ser do coração e não da razão. Quero dizer que, quando se torna racional, ajudamos por segundas intenções e não por sermos generosos e caridosos.
Essa semana escutei de um empresário que após emprestar o seu barco a motor para os resgates na região dos vales, o mesmo veio todo avariado. As pessoas que pegaram emprestado queriam arrumá-lo antes de devolvê-lo. A atitude do empresário me deixou mais uma vez comovido com a bondade humana. Ele disse aos voluntários que emprestou para salvar vidas e portanto tinha consciência que avarias iriam acontecer.
Para ajudar uma pessoa ou uma família é preciso se desapegar de questões materiais, especialmente quando essa ajuda é direcionada a uma família que está passando por momentos de adversidade severa, talvez tenha perdido tudo o que possuía e se encontra psicologicamente vulnerável.
Nestes casos, o gesto de emprestar algo vai além do aspecto material; é um gesto de solidariedade que pode trazer conforto e esperança em meio à crise. Arranhões, amassados e lençóis rasgados são as marcas que lembrarão o quanto aquele que ajuda é realmente especial aos olhos de Deus.
No entanto, é crucial lembrar que, ao oferecer ajuda, não devemos impor regras rígidas, julgar ou questionar as circunstâncias da família necessitada. Cobranças financeiras posteriores também devem ser evitadas, pois isso pode causar trauma emocional e desconforto adicional àqueles que já estão passando por dificuldades.
O verdadeiro espírito de ajudar está em oferecer apoio de maneira desinteressada e respeitosa. Isso significa estar disponível para escutar, entender as necessidades da família e oferecer ajuda de forma que preserve sua dignidade e autonomia. Ao criar um ambiente de confiança e compreensão mútua, fortalecemos os laços comunitários e promovemos um apoio genuíno que pode fazer toda a diferença.
Para terminar, quero lembrá-lo que ajudar uma pessoa ou família em necessidade e emprestar algo são atitudes que devem ser acompanhadas de sensibilidade e respeito. É uma maneira não apenas de oferecer suporte material, mas também de demonstrar solidariedade humana e compaixão em momentos difíceis.
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