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Venâncio Aires estima investimentos de R$ 20 milhões para recuperação do setor agropecuário

Publicado em: 21 de junho de 2024 às 15:24
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    Assessoria de Imprensa
  • Encontro teve como objetivo debater um plano de ação visando auxiliar população rural atingida | Foto: Prefeitura de Venâncio Aires/Divulgação
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    Encontro teve como objetivo debater um plano de ação visando auxiliar população rural atingida

    Um grupo de lideranças do setor primário de Venâncio Aires, denominado Comissão do Setor Agropecuário Pós-enchente, se reuniu nessa quinta-feira (21), com o prefeito Jarbas da Rosa. O encontro teve como objetivo debater um plano de ação visando a recuperação da população rural atingida pelo evento climático de maio.

    Além do levantamento completo das perdas, o documento visa potencializar as politicas públicas municipais, estaduais e federal no intuito de reduzir danos e buscar soluções para o setor. O grupo é formado por integrantes das Secretarias Municipais de Desenvolvimento Rural, Meio Ambiente, Infraestrutura e Serviços Públicos, Emater, Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Sindicato Rural e Cooperativa dos Produtores Rurais de Venâncio Aires (Cooprova).

    Com 7.300 famílias no meio produtivo rural de Venâncio Aires, o levantamento aponta que 750 famílias tiveram perdas significativas pela ação dos deslizamentos, enxurradas e enchente. Cerca de 320 propriedades estão completamente inviáveis a curto e médio prazo para voltarem a desenvolver as atividades agrícolas.

    “Além de danos vultuosos às casas e nas infraestruturas produtivas, como galpões, agroindústrias familiares, chiqueiros, fornos e estufas de tabaco, levamos em consideração os danos aos acessos e estradas vicinais, que dificultam o escoamento da produção agropecuária e recebimento de insumos”, explicou o secretário do Desenvolvimento Rural, Gustavo Von Helden.

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    Reunião contou com representantes das Secretarias Municipais e entidades ligadas ao setor | Foto: Prefeitura de Venâncio Aires/Divulgação

    No Plano de Ações, um relatório de perdas aponta que dez propriedades foram atingidas por grandes deslizamentos de terra e mais de 80 pontos de cabeceiras de pontes foram comprometidas significativamente. Sobre as perdas na produção agrícola, os prejuízos financeiros já haviam sido estimados em aproximadamente R$ 70 milhões, com quebras especialmente na safra de grãos, como soja (cerca de 45%) e milho (38%).

    Sobre as perdas diretas em propriedades, casas e moradias, foram danificadas ou destruídas 294 unidades, com danos médios aproximados de R$ 16,7 mil por unidade; 320 galpões (dano médio de R$ 7,6 mil cada) e 533 unidades de infraestruturas produtivas, como animais, unidades de secagem de tabaco e de hortaliças (dano médio de R$ 4,7mil).

    Foram ainda mais de 370 máquinas e equipamentos agrícolas danificados e 150 veículos e motos. “São todos números levantados in loco e fruto de vistorias realizadas pelos nossos técnicos. Importante salientar que os agricultores ainda não estão bem orientados quanto à disponibilidade de acessar o auxílio reconstrução do Governo Federal e outras linhas de crédito”, destaca o gerente local da Emater, Vicente Fin.

    Como medidas sugeridas pelo grupo no documento estão a necessidade de identificação de famílias que desejam permanecer em suas propriedades localizadas em áreas inundadas; definição sobre construção de pontes secas junto a RSC-287; identificação de famílias que necessitam de áreas para produzirem tabaco e outras atividades e criação de um Fundo Municipal de Calamidade Rural, junto a Secretaria de Desenvolvimento Rural.

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    Com levantamento de custos necessários na ordem de R$ 20 milhões para restabelecimento emergencial do setor, o prefeito Jarbas da Rosa parabenizou o trabalho. “Um levantamento minucioso que ainda não tinha visto em outras cidades. Quero levar essa identificação para Amvarp e Amvat para que tenham isso como um mote e então, juntos, buscarmos na Famurs e nos governos do Estado e Federal uma linguagem mais assertiva para atendimento das necessidades do setor agropecuário.”

    Recursos necessários

    • Para famílias identificadas que necessitam de áreas para cultivo de tabaco e/ou outras atividades e criações, bem como a busca por local – ajuda inicial para aquisição de insumos e equipamentos para a produção – 50 Famílias – R$ 750.000,00
    • Para famílias identificadas que desejam permanecerem no local e que necessitam reforma e reconstruir as casas danificadas – 150 Famílias – R$ 10.500.000,00
      Aterro nas estradas 500m x 10m x 1,20m (material e bueiros) – R$ 800.000,00
    • Aquisição ou doações de matrizes bovinas (03 a 05 fêmeas), aves (05 galinhas e 01 macho) e suínos (01 fêmea) – 150 famílias – R$ 2.212.500,00 – Pecuária e agricultura familiar;
    • Aquisição ou doações de semente de forrageiras – 95 famílias – R$ 150.000,00;
    • Aquisição ou doações de materiais para instalações e benfeitorias dos animais – 250 famílias – R$ 2.500.000,00;
    • Para as famílias identificadas que necessitam de mudas de tabaco – 15 famílias – R$ 85.000,00;
    • Para os locais identificados junto as famílias que desejam permanecer no local e necessitam colocar suas casas, instalações e abrigos de animais com a construção de levantes/terraplanagem – 150 famílias – R$ 2.400.000,00;
    • Recursos ou doações para restruturação, bem como aquisição de equipamentos e custeio de matéria prima para as famílias atingidas que possuem agroindústrias familiares – 10 famílias – R$ 150.000,00;
    • Aquisição ou doação de caixas de abelhas, alimentos e equipamentos para os produtores comerciais de mel atingidos – 10 famílias – R$ 150.000,00;
    • Recursos necessários para realização do monitoramento volume chuvas – 5 estações – R$ 15.000,00.