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Com perda de lavouras e silagem, alimentação para animais é um desafio no interior de Santa Cruz

Publicado em: 29 de maio de 2024 às 15:12 Atualizado em: 29 de maio de 2024 às 15:33
  • Por
    Emily Lara
  • Colaboração
    Nícolas da Silva
  • Foto: Nícolas da Silva/Portal Arauto
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    Dono de uma propriedade em Rio Pardinho, Nilsomar Molz relatou a difícil realidade enfrentada por muitos agricultores

    Desde o final de abril, o estado do Rio Grande do Sul vem enfrentando uma crise devastadora causada por enchentes. Com perda de lavouras e silagem, a alimentação para animais é um desafio para os produtores rurais do interior de Santa Cruz do Sul.

    Dono de uma propriedade em Rio Pardinho, no interior do município, Nilsomar Molz relatou a difícil realidade enfrentada por muitos agricultores. “Nosso maior problema hoje e no futuro será a comida para os animais, a alimentação. Perdemos a silagem, o milho em grão de silo, os motores da propriedade foram atingidos, e as pastagens e lavouras estão totalmente destruídas. Vai ser muito difícil a recuperação”, desabafou.

    Molz também expressou preocupação com a viabilidade de suas terras para futuras colheitas. “Tenho lavouras que de repente nunca mais vou poder usar, e é difícil. Para nós recomeçarmos não vai ser fácil, mas vamos lá, fazer o que puder fazer. De imediato, o maior problema é alimentação para o gado. Alguma coisa a gente já acabou vendendo para aliviar, mas não conseguimos nos desfazer tudo de uma hora para outra, então temos que tocar do jeito que dá”, explicou.

    O presidente da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), Gedeão Silveira Pereira, destacou a gravidade da situação. “O interior perdeu a nutrição, a alimentação para os animais, o que realmente é um momento muito delicado. Nós estamos visitando as propriedades atingidas para entender como o Senado, com recursos disponíveis, pode ajudar os produtores rurais”, afirmou.

    A visita das autoridades agrícolas as propriedades tem como objetivo fazer um diagnóstico preciso das demandas dos produtores para definir que tipo de assistência pode ser providenciada. “É pior do que a gente entende. Então é feito esse primeiro levantamento para ver quais as principais demandas, fazendo um diagnóstico para ver qual tipo de auxílio nós podemos trazer aos produtores”, completou.

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